Reparo, como nunca antes o fizera, e observo atenta e demoradamente o segurança deste espaço comercial. É verdade que, de tão habituados que estamos a vê-los por todo o lado, já nem reparamos na sua presença. É algo que faz já parte do moderno "mobiliário" citadino. Este que aqui está à minha frente, presumo, terá por missão ou responsabilidade controlar a entrada e saída de clientes e seus objectos. Por isso, está posicionado entre a porta exterior e os sensores do alarme, por onde tudo e todos são obrigados a passar. A cada acender da luz e soar do alarme, lá está ele em acção, solicitando a revista aos sacos, carteiras ou objectos passíveis de terem sido os provocadores de tal alarido.
Vestido a rigor, quer isto dizer, com a farda da empresa de segurança privada que lhe paga o vencimento, devidamente identificado com um crachá ao peito e equipado com um rádio comunicador, que tráz preso por um clip, no fundo das costas, ao cinto e um auricular, por onde de vez enquando comunica com alguém. Durante longos períodos de tempo mantém-se imóvel, libertando apenas o olhar para acompanhar todos quantos passam pela sua área de "influência".
Se atento, nesta sua posição estática, percebo-lhe alguns tiques nervosos, depois vai alternando a postura das mãos que, ora estão cruzadas atrás do corpo, ora viajam para a frente e vão-se encontrar num entrelaçar de dedos. Muito de vez enquando dá uns passos, como que para acordar o corpo e seus músculos. Percebo, igualmente, a sua calma mas atenta atitude perante qualquer movimento. Enquanto o observo ele vai olhando para mim, jamais imaginando que sobre ele escrevo.
Ser segurança é isto. Estar assim ali, praticamente quieto o tempo todo, todo o tempo do seu turno diário, garantindo assim a segurança e bem estar de todos que aqui se encontram. Tarefa ingrata e sem reconhecimento, digo eu... Sem querer ser injusto ou depreciativo, pergunto-me como conseguem estar assim durante tantos minutos, tantas horas, tantos turnos, tantos dias? Tantos dias, tantas semanas e meses, depois anos até à sua reforma ou pré? Só pode ser terrivelmente entediante e cansativo. Por outro lado, propício para a introspecção e divagação... às tantas, só aqui estão em corpo presente... a sua mente estará algures... Para seu próprio bem e saúde, espero que, com todo este tempo disponível, consigam exercitar-se mentalmente, viajando e divagando. O que lhe passará pela cabeça? O que pensará ele daqueles que por ele passam e ele olha? O que pensará ele quando olha para mim?
Ser segurança é isto. Retórico termino, perguntando: Quem quer ser segurança? Quem tem que.
Vestido a rigor, quer isto dizer, com a farda da empresa de segurança privada que lhe paga o vencimento, devidamente identificado com um crachá ao peito e equipado com um rádio comunicador, que tráz preso por um clip, no fundo das costas, ao cinto e um auricular, por onde de vez enquando comunica com alguém. Durante longos períodos de tempo mantém-se imóvel, libertando apenas o olhar para acompanhar todos quantos passam pela sua área de "influência".
Se atento, nesta sua posição estática, percebo-lhe alguns tiques nervosos, depois vai alternando a postura das mãos que, ora estão cruzadas atrás do corpo, ora viajam para a frente e vão-se encontrar num entrelaçar de dedos. Muito de vez enquando dá uns passos, como que para acordar o corpo e seus músculos. Percebo, igualmente, a sua calma mas atenta atitude perante qualquer movimento. Enquanto o observo ele vai olhando para mim, jamais imaginando que sobre ele escrevo.
Ser segurança é isto. Estar assim ali, praticamente quieto o tempo todo, todo o tempo do seu turno diário, garantindo assim a segurança e bem estar de todos que aqui se encontram. Tarefa ingrata e sem reconhecimento, digo eu... Sem querer ser injusto ou depreciativo, pergunto-me como conseguem estar assim durante tantos minutos, tantas horas, tantos turnos, tantos dias? Tantos dias, tantas semanas e meses, depois anos até à sua reforma ou pré? Só pode ser terrivelmente entediante e cansativo. Por outro lado, propício para a introspecção e divagação... às tantas, só aqui estão em corpo presente... a sua mente estará algures... Para seu próprio bem e saúde, espero que, com todo este tempo disponível, consigam exercitar-se mentalmente, viajando e divagando. O que lhe passará pela cabeça? O que pensará ele daqueles que por ele passam e ele olha? O que pensará ele quando olha para mim?
Ser segurança é isto. Retórico termino, perguntando: Quem quer ser segurança? Quem tem que.
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