Confesso que em condições normais, e ao longo de toda a minha vida, pouco ou nada liguei às eleições em França: a quem eram os candidatos, a quem ganhava, a quem perdia e a quais eram as consequências dessas vitórias e dessas derrotas. Contudo, a conjuntura mundial e, principalmente europeia, obriga-me a uma maior atenção e preocupação com aquilo que se passa nos quintais dos vizinhos, pois tenho bem a consciência de que nada adianta o meu quintal estar florido ou viçoso e os demais secos, pois mais tarde ou mais cedo, o destino do meu será idêntico aos demais. Portanto, acompanhei, ou pelo menos, monitorizei este acto eleitoral. À partido nenhum destes dois finalistas seria o meu candidato favorito, mas numa circunstância de 2ª volta, não hesito em afirmar o meu desejo que seja o candidato socialista, o candidato de uma pretensa esquerda a ganhar e a ser eleito para presidente da republica francesa. E isto por uma razão muito simples e fácil de aqui apresentar. É que, mesmo não sendo francês e não tendo voto na matéria, enquanto cidadão desta Europa não gostei de ver, ouvir e perceber, ao longo destes últimos tempos, a atitude completamente subserviente e submissa do presidente Sarkosi em relação ao poder da economia alemã e ao domínio da sua chanceler. Por outro lado, também não acredito verdadeiramente que caso Hollande vença consiga uma alteração significativa de paradigma. Contudo, decisiva é a percepção de que se Sarkosi vencer tudo continuará na mesma, senão pior, enquanto que a vitória de Hollande poderá ser a esperança, ainda que ínfima, de uma qualquer alteração de políticas e de paradigma não só em França, como para todo o espaço euro e toda a Europa. Por isto, simplesmente, o meu apoio tende para o candidato que agora se apresenta como "de esquerda".
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