Levo papeis e música para o campo aberto. Estendo sempre uma enorme toalha no chão, fico à sombra, quero ver se a terra levanta. Toda a vida me convenci de que escrever é acionar o impossível ao mundo. E paulatinamente outra vez acontece. Quando nos julgamos sem mais milagre, a própria paisagem nos explica como livros novos começam. A natureza, afinal, vai indicar o caminho para as maiores grandezas humanas. Só haverá morte quando ela própria o decidir.
(Valter Hugo Mãe, in Jornal de Letras nº 1325, Julho 2021)
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