Toda a nossa vida vestimos uma máscara, ou mais. Podemos até ir mudando de máscara ao longo do nosso tempo, uma vez, duas vezes, ou ainda mais vezes. As vezes que quisermos ou pudermos. Vezes levadas por imperativos circunstânciais ou por imposições conjunturais. Parece-me quase com toda a minha certeza que, acima de tudo, vamos substituindo as nossas máscaras por razões bem mais comezinhas: os humores e amores da alma ou as dores e os vigores do coração. Enfim, as alegrias e as paciências de cada idade. Todos e em cada um dos nossos dias saímos à rua mascarados, com elas nos apresentamos e somos apresentados ao mundo. Através delas nos escondemos desse mesmo mundo e protegemos aquilo que pensamos e acreditamos ser.
A(s) minha(s) conheço-a(s) bem, muito bem. Também já as troquei algumas vezes. Aquilo que faço, digo ou escrevo, poderá não ser mais do que máscaras que me servem na perfeição para guardar para mim aquilo que sou, ou acredito ser.
1 comentário:
Acho que conheci algumas dessas tuas máscaras. Digo eu, sei lá. Acredito que também te conheci sem máscara alguma.
Sei que vou gostar-te sempre, mesmo velhinhos, rugosos e amnésicos, mesmo longe, mesmo com máscaras.
Sempre, com saudades...
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