Numa depressão do terreno e afastado da aldeia foi construído um pequeno templo em honra de Santo Amaro, que em Janeiro reúne os poucos aldeões das aldeias vizinhas e de Alimonde. Ao lado desta pequena igreja, os benfeitores desta aldeia construíram uma casa de apoio ao templo. De boa construção em pedra e com todas as comodidades – um salão grande com lareira e copa, casa-de-banho e, nas imediações, à sombra de frondosas árvores um parque para merendes. Espaço aprazível, bonito e confortável, propício tanto para momentos de retiro como para momentos de alegres convívios.
Foi numa pressa, como já há muito tempo não acontecia, que viajei do Porto para este lugar, onde me aguardava um inédito e ansiado encontro de gente amiga, a propósito de uma festa de aniversário surpresa. À chegada a constatação de uma evidência: bonito lugar, uma pequena veiga, preenchida por lameiros, por grandes e frondosas árvores, por um riacho e por uma bela paisagem no horizonte. Logo me projectei a passar neste ambiente, tranquilamente, o resto dos muitos dias que espero viver.
Cheguei consideravelmente atrasado, faltando à missa e encontrando os convivas já sentados, abraçando uma enorme mesa. Num grande abraço fui recebido pelo aniversariante, que logo me apresentou aos demais e, sem demora, me fez sentar ao seu lado na mesa. Magnífico almoço de muito comida, bebida, conversa e alegria. Velhas recordações se manifestaram, ambientes e pessoas que, um dia, entre nós estiveram, mas que, em muitos casos, a minha memória não permite relembrar. Gente que, apesar de estranha, me pertence e eu a eles.
Assim estivemos o resto da tarde, entre conversas, cantigas, jogos de cartas e do fito, até ao anoitecer, hora do regresso à cidade. Fica o registo deste bonito momento que conseguiu reunir em alegria, gente que as idiossincrasias da vida foram afastando. Gente que, num outro e longínquo tempo, conviveu e percorreu os mesmos carreiros e caminhos. Resta esperar e fazer força para que outros momentos semelhantes possam vir a ter lugar.
Alimonde, 23 de Maio de 2009
Foi numa pressa, como já há muito tempo não acontecia, que viajei do Porto para este lugar, onde me aguardava um inédito e ansiado encontro de gente amiga, a propósito de uma festa de aniversário surpresa. À chegada a constatação de uma evidência: bonito lugar, uma pequena veiga, preenchida por lameiros, por grandes e frondosas árvores, por um riacho e por uma bela paisagem no horizonte. Logo me projectei a passar neste ambiente, tranquilamente, o resto dos muitos dias que espero viver.
Cheguei consideravelmente atrasado, faltando à missa e encontrando os convivas já sentados, abraçando uma enorme mesa. Num grande abraço fui recebido pelo aniversariante, que logo me apresentou aos demais e, sem demora, me fez sentar ao seu lado na mesa. Magnífico almoço de muito comida, bebida, conversa e alegria. Velhas recordações se manifestaram, ambientes e pessoas que, um dia, entre nós estiveram, mas que, em muitos casos, a minha memória não permite relembrar. Gente que, apesar de estranha, me pertence e eu a eles.
Assim estivemos o resto da tarde, entre conversas, cantigas, jogos de cartas e do fito, até ao anoitecer, hora do regresso à cidade. Fica o registo deste bonito momento que conseguiu reunir em alegria, gente que as idiossincrasias da vida foram afastando. Gente que, num outro e longínquo tempo, conviveu e percorreu os mesmos carreiros e caminhos. Resta esperar e fazer força para que outros momentos semelhantes possam vir a ter lugar.
Alimonde, 23 de Maio de 2009
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