"Nenhum dos figurantes sai bem nesta ópera bufa: Sócrates jurou e toda a gente duvidou, Louçã fez escarcéu a mais e JAD [Joana Amaral Dias] deveria saber que há convites que não devem ser vozeados para a praça pública".
Carlos Abreu Amorim, jurista, "Correio da Manhã", 27-07-2009
Não lí o Correio da Manhã deste dia, aliás, nunca lí esse jornal. No entanto, esta frase destacada pelo jornal Público online é reveladora da construção mental de seu autor. Tenho tido a oportunidade de ouvir este senhor no programa da RTPN, se não me engano, chamado "directo ao assunto" no qual interage com Rui Tavares e Emídio Rangel. Diga-se de passagem que o seu discurso é, normalmente, neo-liberal e fascizante, portanto, nada ou quase de novo há a registar. Contudo, este estado mental implicito na última parte da frase - a que diz respeito ao que Joana Amaral Dias deveria saber, é bem revelador do sistema imundo, conhecido e mantido por todos os seus intervenientes, que não gostam de que estas "coisas" se comentem na Comunicação Social, pois só perturbam o normal funcionamento do núcleo central de interesses estabelecidos. Este senhor jurista personifica bem, também através desta frase (ainda que retirada do seu contexto), o que de pior a nossa democracia produziu. O lixo tecnocrata e burocrata que reina pelo esgoto do poder em Portugal.
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