Agora que se concretizou a redução dos preços dos passes sociais, importa reforçar a importância desta medida, naquilo que verdadeiramente significa para milhares e milhares de cidadãos e famílias portuguesas. António Costa, e o seu governo, não conseguiria encontrar melhor medida de cariz social do que esta. Assim se governa a pensar e para os portugueses. Ainda que em ano de eleições, esta medida é de tal forma impactante na economia das famílias portuguesas, que o facto de haver eleições é um perfeito pormenor. À esquerda do PS, os partidos, de certa forma surpreendidos, tentam reclamar para si o ónus da pressão política que tornou possível tal novidade; À direita do PS, é o desnorte, o caos, o horror, incrédulos e sem capacidade de reacção, a não ser a manifestação de opiniões ridículas de alguns opinadores e politiqueiros (os de costume), que tentam questionar a justeza social e económica desta medida, não se apercebendo que ela é superior a qualquer devolução de rendimentos, redução de impostos ou aumentos salariais, pois vem beneficiar precisamente os contribuintes e as famílias com menores rendimentos, que são quem utiliza, por necessidade, os transportes públicos. Muito bem António Costa e o seu governo ao sacar da cartola este Coelho. Agora só falta investir seriamente nas infra-estruturas e nos equipamentos circulantes, para que possamos afirmar a mudança de paradigma nos transportes públicos em Portugal.
2 comentários:
Luís, a célebre frase “ Portugal é Lisboa o resto é paisagem” continua mais atual do que nunca. No nosso concelho, Vinhais, ou maioria esmagadora do interior, gasta mais numa viagem ou em duas de táxi, um habitante para se deslocar ao médico do que paga o mesmo cidadão num mês se residir no grande Porto ou Lisboa, chamas a isto justiça social!
Viva Amândio, o facto de o governo ter promovido esta medida, que sim,sente-se principalmente nos grandes centros urbanos, não omite os problemas que o interior enfrenta e tanto sente. No que diz respeito aos transportes públicos aquilo que acontece aí em Trás-os-Montes é a total inexistência de uma rede viária de transportes públicos digna desse nome. Não sei qual será a atitude da CIM de Trás-os-Montes a este respeito. Pelo que a minha experiência e conhecimento me dizem, um dos problemas foi os autarcas sempre terem olhado apenas para o seu quintal e nunca terem promovido uma rede inter-municipal de transportes para as suas populações.
Não sei como se poderá solucionar o problemas das populações do mundo rural para, por exemplo, se deslocarem entre as aldeias e as sedes de concelho. Bragança tem o STUB que, ainda que limitado, vai chegando a quase todos os lugares. Em Vinhais e outros concelhos, a solução deveria passar pela isenção de pagamento do transporte para ir ao médico, ou às repartições públicas, etc. Não sei. Não é fácil. Tenho estado atento às notícias para saber quais vão ser as medidas implementadas pela CIM a esse respeito e a propósito desta medida do Governo.
Em relação à medida e aos milhares de portugueses que beneficiam com ela, mantenho o que escrevi. Provavelmente, a melhor forma de restituir poder de compra a esses indivíduos.
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