Assiná-lo hoje, dia 14 de Março de 2021, um ano de confinamento motivado pela pandemia que teima em manter-nos neste isolamento físico forçado e afastados do convívio daqueles com quem partilhávamos a nossa vida. Nesse dia partilhei aqui o primeiro de vários textos que me propus escrever sobre essa nova e inesperada experiência individual, familiar e social. Chamei-lhe "abertura" e nessas poucas linhas de texto manifestei o caldo de sentimentos e sensações que me assaltavam nesse momento. Passado um ano desde esse dia, na verdade, muitos desses sentimentos permanecem e as incertezas quanto ao que nos espera são demasiadas e, por vezes, angustiantes. No entretanto, ao longo destes 365 dias, aquilo que mais custou foi a gestão das emoções e o esforço por manter os equilíbrios entre 4 pessoas a viver 24 sobre 24 horas num espaço limitado. Houve um pouco de tudo - disputas, zangas, brincadeiras, berros, birras e afins, mas não me posso queixar, pois estamos todos bem de saúde, física e mental, permanecemos família e continuamos a acreditar e a fazer planos para o momento seguinte à pandemia. É claro que pudemos sair daqui, esticar as pernas, espairecer e houve alguns momentos muito bons, passeios e visitas a lugares magníficos.
Hoje, ainda assim, perspectivando este último ano das nossas vidas, não considero que tenha sido um tempo desperdiçado, pois serviu-me para conseguir dar resposta a algumas solicitações, projectos e ideias que se vinham a acumular e perpetuar no fundo das minhas alforges. Para além disso, julgo que esta experiência individual e colectiva servirá de exemplo para o resto da vida de cada um de nós. Jamais esqueceremos o ano de 2020 e aquilo que nos aconteceu.
Por aqui continuaremos, apesar dos movimentos impostos e sucessivos de confinamentos e desconfinamentos. Pacientes, aguardaremos a nossa vez para sermos vacinados e desejamos que possamos chegar ao fim deste processo são e salvos.
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