Sente-se um enorme burburinho na sociedade portuguesa em relação às manifestações que se irão realizar amanhã em várias cidades portuguesas. Esta é a primeira manifestação organizada, estruturada e convocada a partir das redes sociais em Portugal e, talvez também por isso, está o país expectante em relação à capacidade e ao sucesso dessa mesma convocatória. Para além da particularidade das redes sociais, esta manifestação tem por fundamento a degradante condição social e económica em que as gerações mais jovens vivem e a sua participação será um acto de participação cidadã, de indignação contra essa condição e de censura às políticas que os governos impuseram e que, consequentemente, nos trouxeram para esta realidade. É, concerteza, por isso que os costumeiros arautos do situacionismo, do alto do seu conforto social e da sua estabilidade económica, não se conformam com este "atrevimento" dos mais novos. Por outro lado, agrada-me a ideia de se tratar de uma manifestação política, mas apartidária, apesar de alguns partidos terem já manifestado a sua intensão de se fazerem representar. Esperemos que assim se mantenha e se concretize. É bom saber que os jovens de hoje não correspondem aos estereótipos e reagem aos pré-conceitos nomeados pelas gerações mais velhas e, essas sim, acomodadas.
Também eu estou com elevadas expectativas em relação ao dia de amanhã. Lí o manifesto e concordo com as posições assumidas pela organização. Não estou à rasca, mas muito provavelmente por considerar que a minha condição nunca foi além dessa mesma precariedade, vou participar na manifestação de amanhã na cidade do Porto.
Também eu estou com elevadas expectativas em relação ao dia de amanhã. Lí o manifesto e concordo com as posições assumidas pela organização. Não estou à rasca, mas muito provavelmente por considerar que a minha condição nunca foi além dessa mesma precariedade, vou participar na manifestação de amanhã na cidade do Porto.
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