Os programas de artes e humanidades estão a ser eliminados por toda a parte em prol de um desenvolvimento da formação técnica. (...) Os educadores que defendem o crescimento económico não se limitam a ignorar as artes: eles temem-nas. Porque uma compreensão refinada e desenvolvida representa um inimigo particularmente perigoso para a estupidez, e a estupidez moral é necessária para a concretização de programas de desenvolvimento económico que ignoram a desigualdade. (...) A arte é um inimigo poderoso dessa imbecilidade, e os artistas não são fiéis servidores de nenhuma ideologia, mesmo uma fundamentalmente boa. (...) Assim, os educadores que defendem o crescimento económico fazem campanha contra as humanidades e as artes como ingredientes da educação básica. Este ataque está hoje a ser levado a cabo em todo o mundo.
(Martha C. Nussbaum, in Sem Fins Lucrativos, 2019:63)
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