de voluntário a compulsivo
Aquilo que começou por ser voluntário, resultado da percepção e reflexão sobre as notícias que nos chegavam e que davam conta da situação da epidemia, agora pandemia, e me levaram a impedir que o meu filho fosse à escola nos últimos dias antes do encerramento total das escolas em Portugal, depressa se transformou, para todos nós, num enclausuramento compulsivo e obrigatório. Estou, estaremos todos, alertados para a sua necessidade e urgência, para os seus propósitos e para as suas consequências, não sabemos é quanto tempo ele poderá durar, nem muito menos sabemos se alcançaremos o seu fim. Ao mesmo tempo, as dúvidas e as questões sobre que futuro podemos esperar, durante e depois desta crise global, também nos assaltam o espírito. Consciente de que as desgraças não acontecem só aos outros, aquilo que desejo é poder chegar ao fim da tormenta e conseguir preservar a saúde daqueles que dependem de mim e dos que me rodeiam. Espero poder reunir e celebrar o facto de estarmos vivos, saudáveis e disponíveis para recomeçar ou reiniciar a vida.
[ escrito a 14 de Março ]
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