saídas precárias
É a sensação que tenho sempre que saio de casa. Parto do princípio que dentro de casa, por enquanto, estamos a salvo e imunes. Serão essas minhas saídas a porta de entrada para qualquer contaminação. Não tenho máscaras, nem luvas, nem sequer álcool (fartei-me de o procurar para assar uns chouriços, mas não o encontrei em lado nenhum), mas no exterior da nossa fortaleza procuro não tocar em nada, nem em ninguém com as mãos. Pareço um anormal a abrir as portas com os cotovelos e pés; uso lenços de papel, envolvendo os dedos indicadores para utilizar multibancos e, nos lugares onde entro, sempre que disponível, uso géis de álcool.
Sempre que regresso a casa, dispo-me e lavo as mãos, braços, cara e pescoço com água e sabão azul (de barra). Paranóia? É provável, mas pelos meus não quero saber. Assim vou continuar, a sair e a fazer.
[ escrito a 17 de Março ]
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