perigos eminentes
Ao olhar para o sobressalto que arrepia o mundo, não posso deixar de manifestar o meu desagrado e profunda preocupação com aquilo que está a acontecer em alguns países ditos ocidentais e democráticos. É que a pretexto desta pandemia, muitos Estados têm (e bem) decretado um Estado de Emergência Nacional, mas alguns desses países têm aproveitado esse estado excepcional, que na sua essência é algo temporário, para o perpetuar no tempo e transformar em autênticas ditaduras, abolindo controlos e equilíbrios democráticos. Falo em concreto da Hungria, onde aquilo que já existia não era propriamente uma democracia plena, mas agora Viktor Orbán vai pedir ao parlamento poderes especiais como a suspensão de algumas leis e a possibilidade de governar por decreto; e falo de Israel, onde Netanyahu, que perdeu as recentes eleições, mandou fechar o parlamento, onde a oposição tem a maioria, mandou a população ficar em casa e começou a decretar ilegitimamente e a seu bel-prazer.
Estes são apenas dois exemplos muito assustadores de uma realidade que pode estar a germinar e a crescer um pouco por todas as latitudes. Importa preservar as democracias destes ditadores e dos seus apetites fascizantes.
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