carnes à solta
Volto a este assunto motivado pelo editorial de hoje do jornal Público, assinado por Manuel Carvalho. Tem razão quando afirma que assistimos a uma súbita mudança entre o confinamento em que vivemos até ao início de Maio e a liberdade com que se corre para a praia, nada mudou assim tão significativamente para que em tão curto espaço de tempo tivéssemos passado das cidades vazias às praias apinhadas.
Já aqui tinha referido (ver enclausurado XXXVII), quando ainda vivíamos em estado excepcional, que não percebia a pressa em se falar sobre a abertura das praias e, agora que elas abriram e as temperaturas convidam à sua utilização, é ver tudo e todos a reclamar o seu quinhão de areia. Estamos perante obvia falta de coerência e de senso, reforçadas pelos exemplos dados pelo Presidente da República e pelo 1º Ministro que, na primeira oportunidade que tiveram, se fizeram fotografar e filmar, para quem quis ver, a usufruirem dessa condição tão portuguesa que é a de banhistas. Não havia necessidade.
Pois bem, espero que tudo corra pelo melhor e que não sejamos obrigados a um re-confinamento nos próximos tempos. No que depender de mim, este ano não vai haver praia, nem mar, nem rio, nem piscina, apenas banheira e por motivação exclusivamente higiénica.
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