16 novembro 2020

novilingua portuguesa

Eu respeito todas as pessoas, homens, mulheres e indefinidos. Não tenho qualquer pré-conceito em relação aos géneros e suas nuances, naquilo que agora se denomina "não-binários". Aceito e compreendo que haja quem não se reconheça no sistema "binário" (géneros masculino e feminino), e isso não poderá ser factor de discriminação ou menorização na nossa sociedade. Não há, portanto e para mim, qualquer questão em relação a esse assunto.
Mas ao mesmo tempo, não consigo perceber a obsessão com esta coisa nova chamada "linguagem neutra em género" como exigência para uma língua e sociedades inclusivas. Agora surgiu a notícia de um novo sistema, chamado ELU, que pretende ser um conjunto de propostas sobre como referir-se, na língua portuguesa, às pessoas não-binárias ou cujo género é desconhecido ou indeterminado, assim como a grupos com diferentes géneros, sem recorrer ao uso do "masculino genérico". Assim, este sistema ELU (elu é a substituição dos pronomes ele e ela...) propõe, entre outros dislates:
Elu em vez de ele ou ela;
Delu substitui dele ou dela;
Nelu no lugar de nele ou nela;
Aquelu para substituir aquele ou aquela;
Outros exemplos:
Menino/a. → Menine.
Todos/as. → Todes.
Esposo/a. → Espose.
Obrigado/a. → Obrigade.
Pintor/a. → Pintorie.
Cidadão/Cidadã. → Cidadãe.
Irmão/Irmã. → Irmãe.
Ladrão/Ladra. → Ladrãe.
Há tolinhos para tudo e mais alguma coisa. Mas que raio, quem sofre sempre é a língua portuguesa. Não param de mexer com ela. Que porra! Ela não carece de decretos ou de modas para se transformar e evoluir. Deixem a língua portuguesa em paz. 

Sem comentários: