21 maio 2019

destruição do saber


Foi notícia na semana passada, mais um episódio de violência numa escola pública portuguesa, nomeadamente, a agressão violenta de uma professora primária, pela mãe e pela avó de uma aluna ou aluno, dentro da escola e com todos os alunos a presenciarem. Acontece que desta vez aconteceu bem perto de mim e, nas minhas andanças quotidianas, passo nessa escola, o que me permitiu testemunhar o protesto da comunidade perante tal agressão.
Para além do acto de violência em si, sempre condenável, inadmissível e intolerável, duas ideias me ficaram retidas no pensamento. A primeira é de que, de facto, o Professor perdeu qualquer autoridade, qualquer relevância e até respeito, na generalidade da sociedade portuguesa e, hoje, é mal tratado e abusado, não só pelo sistema, mas também pela comunidade escolar. A segunda é mais gravosa e importante: que educação, que exemplo, que futuro, poderão ter os filhos e netos de pais/avós que, em sua presença, agridem violentamente os seus professores. Que importância darão estas crianças ao saber?! Tristes crianças.
Ambas contribuem superlativamente para a destruição da escola pública nacional e, assim, contribuirão para um futuro mais pobre, mais inculto e mais infeliz.

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