Excelente notícia no jornal Expresso deste último Sábado. O Parlamento vai rever o (des)Acordo Ortográfico (AO). Quando se assinalam dez anos desde a sua aprovação, um grupo de trabalho criado pelo Parlamento para estudar a aplicação das novas regras para a Língua Portuguesa, apresentará o seu relatório final nas próximas semanas e nele consta essa recomendação de revisão do AO. Ao mesmo tempo, deu entrada na Assembleia da República, em Abril, uma petição assinada por mais de vinte mil pessoas - entre as quais eu - promovida pela Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC), que conseguiu o registo de um projecto de lei, cuja votação em plenário acontecerá ainda esta legislatura e em data a definir. Os signatários desta petição exigem a revogação da Resolução da Assembleia da República que aprova o segundo protocolo modificado ao AO, no qual ficou estipulado que bastaria a sua ratificação em três países (dos então sete) para que o Acordo entrasse em vigor.
Sem nunca ter sido unânime em Portugal e nos restantes membros CPLP, este Acordo só foi concretizado pelo Estado português, que agora terá trabalho duplicado para recuar e restabelecer a norma anterior. Dez anos de crianças e jovens a aprenderem uma ortografia errada, cujas consequências ainda não se conseguem alcançar na totalidade. Ainda assim e tal como afirma Teresa Caeiro, do CDS, "mais vale reverter o erro do que perpetuá-lo". Haja vontade e coragem política em Portugal para acabar com este capricho de meia-dúzia de académicos que, um dia, conseguiram impor esta estupidez.
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