(Henrique Monteiro, in Jornal Expresso, 18/05/2019)
No dia 18 de Maio, Henrique Monteiro dedicou grande parte da sua página no jornal Expresso, a um texto sobre o Acordo Ortográfico. Logo na altura reagi no Twitter, àquilo que me pareceu uma profunda confusão dos termos, bem característico de uma mente obtusa. Ainda por cima, não fiquei a perceber, porque não é minimamente perceptível, qual a opinião dele acerca do Acordo Ortográfico. Escreveu, escreveu e não disse nada...
Nessa reacção, em formato Twitter, escrevi:
(1) Já li 3 vezes este artigo de Henrique Monteiro e continuo sem perceber o que quer dizer. Não sei se serão "alhos com bugalhos", ou apenas obtusidade. Enfim.
(2) Escreve Henrique Monteiro: "a ortografia é mera representação. Cada um fala como ouve falar..." Errado, pois a ortografia não diz respeito à oralidade, mas sim à escrita dessa língua e isso não é mera representação, mas sim essencial e idiossincrático.
(3) Escreve Henrique Monteiro: "(a língua) é um legado, um monumento da Expansão portuguesa." Curiosa maiusculação de "expansão", que revela um dado saudosismo de antanho, do magnífico luso Império e do ad eternum devir da pátria.
(4) Escreve Henrique Monteiro: "Não brinquem com ela." Porque raio é que quem critica o AO está a brincar, quando quem mexeu nela foi quem promoveu este AO?! Quando se desvaloriza assim uma ortografia como "mera representação", como faz, é que se está, sem senso, a brincar.
(5) Escreve Henrique Monteiro: "Cá também é moda ser contra o Acordo". Errado, moda foi Portugal ter-se precipitado na entrada em vigor deste Aborto, pois mais nenhum país quis, ou quer, saber dele. Mais tarde ou mais cedo a "moda" passará e a brincadeira também.
(6) Importa ainda relembrar ao ilustre H. Monteiro que a riqueza de uma língua é sua diversidade e não adjectivar-se como "cosmopolita". A língua portuguesa, seja em que geografia e com que pronúncia, na sua variedade, é inteligível para toda a lusofonia. Não carece de decreto.
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