João Duque, na sua coluna no caderno de economia do Jornal Expresso, aproveitou a recente história de Joe Berardo para puxar as brasas, novamente, às suas sardinhas, que é como quem diz, não perde uma oportunidade para afirmar a sua fundamentalista crença no mercado - livre e especulador - e o seu visceral ódio ao sector público, demonstrado em todas e cada uma das suas intervenções públicas. Acontece que o raciocínio para além de errado, não me parece intelectualmente honesto, na medida em que a conclusão a que chega não se baseia em factos, ou dados em concreto, mas sim no seu pavor com a possibilidade de uma qualquer nacionalização. Se na CGD houve má gestão (e é certo que sim), que se encontrem e penalizem os responsáveis; o mesmo direi para os bancos privados. Agora, ao contrário do que conclui o ilustre professor, se os portugueses foram e são chamados a injectar dinheiro nos bancos, porque não trazê-los para a esfera pública? Parece-me óbvio e lógico. Mas para o excelentíssimo Professor o que deveria acontecer era precisamente o contrário: privatizar a CGD seria o ideal.
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