Várias vezes te foste queixando do facto de eu não partilhar contigo aquilo que sonho. Pois muito bem, aqui vai algo que sonhei numa destas noites em que dormi sozinho. Viajávamos os dois num pequeno carro branco, se não estou em erro, num Renault Clio branco que alugara uns dias antes apenas para poder ir ter contigo. Viajávamos sem pressa e quase sem destino. Apenas tu e eu. Visitámos aldeias, vilas e cidades, encontrámos velhos amigos e caros familiares, parámos aqui para beber de um cano de água e ali para um beijo. Num ápice chegámos a um cimo de monte, sobranceiro e minhoto, lugar turístico e de enorme romaria. Para além do calor que sentimos e do gelado que comemos, do alto de uma penha, com deleite, apreciámos a paisagem para poente, para onde se podia sentir o pulsar da grande cidade que foi berço da nacionalidade e para onde o sol teimava em pousar. Os dois sozinhos. Já com o cair da noite viajámos para a Invicta e para aquilo que, então, era a tua e a minha casa. Tivera sido um dia bonito, um dia que jamais irei esquecer e que, amiúde, regressa em modo de sonho.
(Valadares, 1 de Novembro de 2011)
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