Foi hoje notícia por todo o mundo a condenação da empresa que comercializa a pulseira Power Balance por publicidade enganosa. Facto que só estranho por tardio, pois jamais acreditei nas maravilhas da banha da cobra, principalmente quando ela é vendida por fulanos, armados em pintaloras e com discursos manhosos. Mas a verdade é que, talvez há dois ou três anos, não havia quem não as passeasse nos pulsos, garantindo que por isso até conseguiam caminhar, correr, descer e subir escadas, andar a cavalo, nadar, dormir e acordar, ressonar e copular com maior equilibrio (?!)...
Claro é que foram os azeiteiros da bola e das artes em geral, os primeiros a fazerem-se fotografar com as ditas nos pulsos... Rica publicidade, dirão alguns. Desconfio que hoje, ao saberem da admissão da falta de credibilidade científica que sustente tanto equilíbrio, todos aqueles que ainda as trazem, sentiram-se logo desequilibrados e sem força, concerteza, em várias partes do seu organismo. Coitados. Tudo isto só vem comprovar que a tentação para a vigarice e para o logro é contemporânea e também sabe servir-se dos discursos actuais da globalidade e das novas tecnologias.
"Por 38 euros, melhore o seu equilíbrio com a pulseira de silicone Power Balance. Desenvolvida por um cientista da NASA, possui dois hologramas que entram em contacto com o campo energético do corpo, aumentando a sua eficácia." ...dizia a publicidade.
(Albano Jerónimo, o actor)
(Cristiano Ronaldo, o jogador)
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