prioridades e preferências
Uma das coisas boas que aconteceram com esta situação pandémica, foi o desaparecimento do hegemónico raciocínio económico-financeiro, omnipresente e omnipotente, nas nossas vidas durante os últimos anos. É verdade que trocámos uma hegemonia por outra e que agora o assunto que nos orienta a vida é a pandemia, todas as suas dimensões e afins, mas ao mesmo tempo, por todo o lado encontramos alternativas, nunca como hoje se fala tanto de coisas outras. O raio do vírus proporcionou-nos uma existência, apesar de confinada, diversificada. O prazer que é poder ler, ver e ouvir, aprendendo com a variedade de conteúdos disponíveis para consumo, tanto e tanto conhecimento.
Ainda que se saiba que o preço que se pagará mais à frente será tremendo, neste momento sou dos que consideram que o importante é salvar o máximo de vidas humanas, tratar os doentes e garantir a sobrevivência dos indivíduos e das famílias. De que serviria a preocupação económico-financeira se deixássemos morrer as pessoas? A seu tempo o Estado e todos os que sobreviverem tratarão desse outro enorme problema que, com toda a certeza, nos aguarda.
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