22 fevereiro 2018

opúsculo

Tendo estado até madrugada às voltas com as Nomeadas Transmontanas, apercebi-me da necessidade de consultar os dois volumes da obra de A.M. Pires Cabral "A Língua Charra - regionalismos de Trás-os-Montes e Alto Douro", publicado pela Âncora Editora em 2013. Depois de uma consulta rápida na internet e de ter verificado o seu preço algo exagerado (porque dois volumes), logo pensei e fiz planos para esta manhã ir à Biblioteca Pública Municipal do Porto para a consultar. Assim fiz, só que nenhum dos volumes, apesar de referênciados, existe no depósito local. Desapontado, saí directo para a FNAC da Santa Catarina, mas também não tive sorte, pois não está disponível em nenhuma loja do país. Frustrado, resolvi tentar a Bertrand no Via Catarina, mas esbarrei na mesma ausência. Porra, nem a querer gastar dinheiro se consegue arranjar os livros. Não desisti. Uma vez na Invicta, resolvi ligar directamente para a editora, em Lisboa, que também não me conseguiu, de imediato, dizer em que livrarias do Porto poderia encontrar esses livros. Disseram-me que iriam averiguar e depois me ligariam. Aguardei, mas entretanto pus-me a caminho da Livraria Académica, do meu quase conterrâneo Nuno Canavez. Foi já quando estava à conversa com ele que me ligaram da Âncora, informando-me que aqui perto só a Livraria Traga-Mundos, em Vila Real, é que tinha esses livros à venda. Muito bem, agradeci a disponibilidade e desliguei. Foi a sorrir que comentei o sucedido com o meu interlocutor e ele, também a sorrir, disse-me para não estranhar, pois esta coisa dos livros é muito esquisita... Ele também não tem os livros que procuro, mas ao ouvir o nome do poeta e autor A. M. Pires Cabral, lembrou-se logo de algo que teria para ali guardado e que lhe tinha sido enviado. Um pequeno opúsculo de quatro faces, formato A5, em papel de qualidade amarelado e cuidado, com um pequeno texto e do qual ele me deu esta cópia, dizendo:
- Este é o texto sobre Trás-os-Montes com o qual me identifico mais. Nem o Reino Maravilhoso me satisfaz tanto. Muito bonito, muito bem escrito. Esta é a minha terra.

Vou ler.

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