29 julho 2021

Porto: património mundial da UNESCO


Chegou-me hoje às mãos, leia-se ao email, o programa eleitoral da candidatura do BE à União de freguesias de Cedofeita, Sto. Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória, conhecida como a freguesia do Centro Histórico da cidade do Porto. Da sua leitura, chamou-me à atenção a seguinte proposta:

Exigir que a Câmara Municipal trave o risco de perda da classificação do Centro Histórico da Cidade do Porto enquanto Património da UNESCO.

Já depois, reunido em salutar, convergente e descontraído encontro à beira Douro, entre outras questões debatemos esta ameaça que, qual espada de Dâmocles, se abateu sobre a cidade. O Porto está em risco de perder a sua classificação enquanto Património da UNESCO e, de repente, toda a gente, acriticamente, está preocupada e aqui del Rei que nos estão a violentar e a roubar!
Camaradas, seria sensato reflectir sobre a questão, em vez de se propor, sem mais, uma "exigência" à Câmara Municipal. O meu contributo para essa reflexão será um conjunto de dúvidas que me assaltam sobre a mais-valia desse "rótulo" globalizante e globalizador da UNESCO, que nas últimas décadas foi conquistando e reclamando para si cada vez mais locais e territórios, até se estabelecer como paradigma dominante e inquestionável, reclamado e cobiçado. O Património está na moda, transformou-se num bem consumível que, beneficiando das lógicas do capitalismo global, é promovido, é vendido e é comprado como jamais acontecera, por uma indústria do turismo que, pelo menos, até à actual pandemia cresceu exponencialmente. 
Por outro lado, e decorrente destas dúvidas essencialistas, há uma série de questões que considero importantes, pertinentes e que deveriam merecer maior atenção:
a) A que lógicas (interesses) obedece a atribuição desse selo qualitativo?
b) Houve ou há relação entre esse reconhecimento da UNESCO e as brutais alterações verificadas no centro histórico do Porto?
c) Quem é que mais beneficiou com toda a dinâmica e utilização do nosso património?
d) Se o BE critica (leiam-se os programas das nossas diferentes candidaturas) a gentrificação, defende o direito à habitação, ao espaço público e a "história" e "cultura" das populações locais, como poderemos querer, em simultâneo, defender e manter uma das causas principais dos problemas que identificamos na cidade?
e) Qual foi/é a mais-valia para as populações locais desse reconhecimento?
f) Quais foram as consequências na vida quotidiana das nossas populações provocadas directa ou indirectamente por esse reconhecimento da UNESCO e pelas apostas autárquicas para a cidade que daí advieram?
Camaradas, à falta de explicação ou justificação programática, não faz qualquer sentido o BE "exigir" a manutenção da qualificação de património mundial, é aliás, e na minha modesta opinião, um contracenso face a muitas das nossas propostas para a cidade. 
Termino com uma infeliz constatação. O facto de hoje ser uma União de Freguesias, que reune aquilo que anteriormente eram seis freguesias distintas, é também consequência da patrimonialização desse território da cidade e dos seus efeitos mais do que deterministas de especulação imobiliária, gentrificação, substituição de actividades económicas (artesanais, comerciais, hoteleiras e da restauração) e esvaziamento através da expulsão de populações locais. Esta União de freguesias é o resultado dessa escolha política na conversão do centro histórico num objecto de consumo para os diferentes turismos. Será que ainda queremos, será que interessa, ser "património da UNESCO"?

(também publicado em convergencia porto)

28 julho 2021

a quem possa interessar...

Vão-se realizar as XXIV Jornadas Culturais de Balsamão, entre 30 de Setembro e 3 de Outubro. O tema destas jornadas é: "Diálogo intercultural e religioso" e o programa está fechado e importa divulgar. Aproveito para vos convidar a participarem e a visitar o convento de Balsamão nesses dias de final de Verão. Eu vou lá estar. Partilho aqui o programa e os materiais promocionais já disponíveis...



27 julho 2021

apelidos


Chegou ontem às minhas mãos, directamente da feira do livro de Braga, este exercício sobre apelidos, que muito me interessa, pois diz também respeito às identidades, quer na sua dimensão individual, quer na colectiva. Também, e por consequência, será um exercício que remeterá para as questões da memória. Vamos ler e conhecer.

23 julho 2021

o incrédulo entre nós

Ainda a propósito das trágicas inundações na Alemanha e Bélgica da última semana, encontrei no Twitter um testemunho de uma vítima deste cataclismo natural, que incrédula afirmava:

-Não esperávamos que morressem na Alemanha pessoas vitimas de inundações. Isso acontece nos países pobres.

Esta declaração é todo um tratado sobre a perspectiva, eu diria mesmo, a crença que a esmagadora maioria dos cidadãos europeus têm sobre o seu privilégio, conforto e qualidade de vida comparativamente a outras latitudes e longitudes. Esta visão euro-cêntrica acompanha-nos há séculos e é também reveladora do alheamento face aos problemas do mundo e, em particular, dos gravíssimos problemas ambientais que também são culpa dos Estados europeus, das suas empresas e do seu modo de vida. Esta vítima, que viu o absurdo e o impensável cair-lhe do céu, considerava o seu conforto e bem-estar um direito quase divino e que o desenvolvimento económico e civilizacional seria um escudo protector e indulgente para toda e qualquer agressão ambiental. Acabou o tempo da tolerância e aqueles que mandam no mundo têm mesmo que repensar e alterar o comportamento dentro desta nossa casa que é o mundo. Os avisos têm sido frequentes e impactantes. Não há espaço, nem tempo, para hesitações, se não depois poderá ser já tarde demais.

o livro e a sede de leitura


Este foi um dos livros que adquiri durante esta pandemia, num daqueles movimentos quase instintivo e de antecipação a um cataclismo, de abastecimento do essencial - livros e café, mas que acabou por me acompanhar durante mais tempo do que seria suposto. Só por estes dias o acabei de ler e não se deveu a qualquer complexidade ou dificuldade de leitura, até porque está muito bem escrito e com uma linguagem bem acessível, mas sim porque outras leituras se foram intrometendo e relegando-o na cabeceira para noites futuras.
Irene Vallejo, ao longo das cerca de 400 páginas, fala-nos do LIVRO, desde as suas origens até às suas formas actuais, fala-nos dos diferentes momentos da sua evolução e seus intervenientes, com destaque para as civilizações grega e romana, numa espécie de angústia pela passagem do tempo (pág. 26). Leitura aconselhada para quem se interessa por estas "coisas" - bibliógrafos, curiosos ou simples leitores.

Os primeiros leitores e os primeiros escritores eram pioneiros. O mundo da oralidade resistia a desaparecer - nem sequer hoje se extinguiu totalmente - e a palavra escrita sofreu inicialmente um certo estigma. Muitos gregos preferiam que as palavras cantassem. As inovações não lhes agradavam muito, resmungavam e grunhiam quando as tinham à frente. Ao contrário de nós, os habitantes do mundo antigo achavam que o novo tinha tendência para provocar mais degeneração do que progresso. Algo dessa hesitação perdurou no tempo; todos os grandes avanço - a escrita, a imprensa, a Internet... - tiveram de enfrentar detractores apocalípticos. De certeza que alguns resmungões acusaram a roda de ser um instrumento decadente e até à sua morte preferiram transportar menires às costas. (pág. 96)

21 julho 2021

mediascape: desordenamento e delapidação

Um dos mais agudos sinais dessa cegueira perante a necessidade de preparar o país para sobreviver num eventual cenário futuro marcado pelo declínio de instituições e soluções políticas multilaterais, consiste no modo como a política de ordenamento do território e conservação da natureza se tem degradado sem, aparentemente, existir nenhuma perspectiva de retorno.
(...)
A ultrapassagem da legislação em vigor tem ao seu serviço uma indústria de avaliação de impacto ambiental que funciona como um dócil instrumento dos donos de obra. Considerar o território (terrestre e marítimo) como mera mercadoria que pode ser delapidada - ignorando o facto de que esse território será a última barreira da sobrevivência nacional no quadro do inevitável agravamento da crise ambiental e climática - é um sinal do imenso declínio da ideia de Estado e de bem público na prática e na cultura políticas do Portugal contemporâneo.
(Viriato Soromenho-Marques, in Jornal de Letras nº 1325 - Julho 2021)

acionar o impossível

Levo papeis e música para o campo aberto. Estendo sempre uma enorme toalha no chão, fico à sombra, quero ver se a terra levanta. Toda a vida me convenci de que escrever é acionar o impossível ao mundo. E paulatinamente outra vez acontece. Quando nos julgamos sem mais milagre, a própria paisagem nos explica como livros novos começam. A natureza, afinal, vai indicar o caminho para as maiores grandezas humanas. Só haverá morte quando ela própria o decidir.
(Valter Hugo Mãe, in Jornal de Letras nº 1325, Julho 2021)

19 julho 2021

ilhíada, ou as ilhas do Porto em poesia


Leitura de cabeceira destas últimas noites, este novo livro de Alberto Pimenta fala-nos das ilhas da cidade do Porto, não de todas mas de 24 núcleos espalhados pela cidade e que ele, o autor, conheceu e/ou conhece. Tal como reconhece no "Átrio" deste livro, as ilhas são um tema bizarro... se para ele isto é poesia, o cordão do sapato serve perfeitamente para fita do cabelo (2021:5).

As ilhas em que se habita, como são as da cidade do Porto, não são um tema bizarro (...); percebo só que a destruição das ilhas em favor de asilos e guettos, e a construção de torres, onde os moradores dos vários andares se incomodam uns com os outros com ruídos e outra música, e sujam os de baixo com restos não só de cigarros (...); e o que as ilhas ansiavam, e por isso foram feitas, convivência fechada aos pares de botas que atacam; para isso eles mesmos com tábuas e pedra as ergueram, saber feito de experiência, sem luxo nem ornatos feitos para ficarem na história! (...) Sim, conheci muitas ilhas por dentro, até por dentro das casas; doutras, mesmo com a entrada sempre aberta, sei aquele pouco que se vê de fora; o que acontece é que não há talvez olhos que vejam igual, até os nascidos e criados lá não vêem igual, e ainda bem; (...) eu nalguns casos até fiquei a saber pedaços da vida de um ou dois moradores das ilhas, no total foram duas dúzias, vinte e quatro é a forma que se usa, que duma ou doutra maneira vi ou entrevi, e andei até por lá. (in Átrio, 5-10)

...só oito
em S. Brás a que havia, e logo ao começo,
ao fim de umas dez ou doze casas, era das
que não tinham portas para a rua, e dentro
as portas eram raras; mas não era ousadia,
que ousadia? à polícia assim nem apetecia
entrar, para quê? ali não entrava ninguém,
nem mesmo clientes do sapateiro; esses,
cá de fora assobiavam, ele à porta de casa
largava as solas que estava a compor, ia a
esfregar as mãos entre as nódoas de graxa
do seu eternamente usado pano de lustro:
ia falar na rua com os que o procuravam!
não era medo de nada, era o à-vontade da rua,
e apesar de estar lá o capacho, havia quem
com chuva não quisesse entrar com lama;
não era como o padeiro, que entrava e sujava,
até que o Peidolas, filho do sapateiro, lançou
com outros o refrão como nas ilhas se fazia:
"ó freguês, ó freguês, entras, esfrega aqui os pés!"

(Pimenta, 2021:57)

14 julho 2021

mediascape: praia e mar

Hoje, ao folhear o Jornal de Notícias, dei de caras com uma notícia, talvez seja melhor dizer reportagem, sobre um programa da autarquia do Porto chamado "Desporto no Bairro", promovido pela empresa municipal Ágora, que acontece há algum tempo e este ano abrange 14 bairros sociais e centenas de crianças e jovens. Mas aquilo que me chamou à atenção e me deixou surpreso, foram os testemunhos dos instrutores das diferentes modalidades que contemplam este programa. Dizem eles que muitas crianças destes bairros nunca foram à praia, nem viram o Mar. Admirado? Sim, espantado. É que se estivéssemos a falar de uma cidade do interior do país, ainda que estranhássemos, conseguiríamos relativizar, mas tratando-se da cidade do Porto, com costa marítima e ribeirinha, aquilo que podemos fazer é indignar-nos e questionar como é possível isto ser realidade em 2021. Recordo aquilo que amigos mais velhos (jovens na década de 60 e 70) diziam sobre as suas aventuras para irem da "cidade" para a praia na Foz, esse território afastado e praticamente inacessível para quem vivia na cidade, mas entretanto essa Foz foi incorporada na cidade, os transportes públicos passaram a incluí-la nas suas linhas regulares, e as acessibilidades melhoraram. Porque raio as nossas crianças, sejam elas provenientes de onde forem, não conhecem a sua praia, o seu mar?! Isto é triste.

[também publicado em convergência porto ]

12 julho 2021

sistema de alarme

Bem no coração da cidade antiga do Porto, naquilo que seria a judiaria, encontrei esta relíquia. Trata-se de um sistema de alarme para incêndios da cidade colocado numa parede lateral da Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Desta caixa sai um cabo que liga ao sino da igreja. Em caso de incêndio, deveriam abrir esta caixa e tocar o sino o número de vezes consoante aqui indicado. Espectacular. Resta saber se este sistema estava instalado noutras igrejas da cidade.

04 julho 2021

solastalgia

Hoje, ao ler a edição actual do jornal de Letras (nº 1324), aprendi com Viriato Soromenho-Marques este conceito de solastalgia - dor psicológica, mais ou menos profunda, causada pela perda das características que davam valor a um território que considerávamos a nossa terra natal. (...) Na solastalgia o sofrimento resulta da perda do que dava valor a um chão onde ainda se permanece, mas que perdeu a sua alma, pois foi desfigurado pela avassaladora destruição ambiental e/ou climática. (...) Com o agravamento dos impactos ambientais e a escalada da emergência climática, cada vez mais lugares e populações, em todo o mundo, entram no imenso campo das vítimas desta ferida do espírito.
Caramba, eu não me considero fundamentalista ou radical em relação à defesa do ambiente e à preservação da natureza, mas estou atento e há muito apreensivo, mas com este novo conhecimento e ao olhar à minha volta, às tantas, eu serei um solastálgico e não um nostálgico, como sempre me julguei.

03 julho 2021

gaiolas urbanas


Com a pandemia apareceram como cogumelos, um pouco por todas as cidades, estas plataformas amovíveis e, dizem, temporárias, subtraindo lugares de estacionamento nas vias públicas, para servirem de prolongamento às esplanadas de cafés, restaurantes e afins. Eu entendo a situação extrema e desesperada em que muitos desses negócios se encontram e a necessidade mais que urgente de começarem a facturar, assim como percebo as autarquias que, regulamentando permitem essa ocupação, e assim tentam minorar prejuízos e maximizar rentabilidade do espaço em benefício dessas actividades comerciais. Contudo, face àquilo que tem sido a percepção da utilização desses novos espaços, questiono se na relação custo/benefício, leia-se vendas e facturação nesses espaços, valerá a pena o investimento realizado na estrutura.
Do ponto de vista do cliente, e eu sou sempre cliente, não me vejo a utilizar esses espaços para consumir e socializar, pois para além da sensação de "engaiolamento humano", se repararem, muitas destas esplanadas-gaiolas estão encostadas ou em cima das faixas de rodagem, o que significa um acréscimo de risco e insegurança, assim como, com a intensidade de trânsito, há uma enorme e permanente libertação de gases e outros elementos nocivos, que serão sempre aditivos àquilo que se está a consumir na gaiola. 
Não muito obrigado.

02 julho 2021

num dia triste assim

Começou porque me limitavam os anos,
doze anos, quinze anos, vinte anos...
Eram limites, eram fronteiras suportáveis:
o ano que vem, quando cumprir trinta anos,
o ano passado, o ano novo...
Eram limites amplos,
era possível a distância, o horizonte,
por muitos anos! Os espaços
dominavam o tempo
recebias a aurora, despedias a tarde
amplamente e amavas 
docemente os sonhos.
Os anos eram carcereiros
mas rondavam muito distanciados.
Havia quem vivesse cem anos!
[in "O prisioneiro do tempo", de Jesús Lizano, 2019]

01 julho 2021

31 de Janeiro, a rua

Na última década, talvez um pouco mais, o centro da cidade e, em particular, a zona histórica que foi reconhecida como património cultural da humanidade pela UNESCO, tem sido objecto de uma profunda e importante renovação urbanística e as suas principais artérias apresentam-se hoje de cara lavada. Poderemos discutir e até não concordar com as motivações, os propósitos e as consequências sociais e económicas desta evolução urbanística, mas se mais não for, pelo menos, teremos agora uma "baixa" renovada e asseada para as próximas décadas. Contudo, esse movimento reformista excluiu, declarada e estranhamente, a rua 31 de Janeiro. Outrora uma das artérias mais concorridas, onde diferentes sectores de comércio (calçado, vestuário, música, livros, lazer, banca, etc.) disputavam os espaços comerciais e onde a circulação de pessoas era intensa, encontra-se agora abandonada: sem moradores, com grande parte dos estabelecimentos comerciais fechados, com os edifícios a manifestarem abandono e degradação, alvos fáceis para o vandalismo e destruição, aliás, bem visíveis para quem passa.
Há muito que a rua 31 de Janeiro, no Porto, é para mim intrigante e deveria mesmo ser objecto de estudo. Como e porquê é que uma das ruas localizadas no coração da cidade, confluente com a Santa Catarina - ainda polarizadora do comércio de rua e de alguns serviços - deixou de atrair o comércio e seus clientes, deixou de atrair o investimento imobiliário e perdeu toda a sua centralidade naquilo que são os percursos pendulares dos habitantes da cidade e naquilo que são os percursos turísticos ou de quem visita a cidade?
Esta manhã, ainda não eram nove horas, desci a rua 31 de Janeiro e para além da constatação de tudo aquilo que aqui escrevo, logo no cimo da rua me apercebi de algo diferente. Um grupo de indivíduos limpava e pintava as fachadas, nomeadamente, as portadas, grades e vitrinas de lojas grafitadas e conspurcadas, de vários edifícios do lado esquerdo (para quem desce), e ao longo de toda a rua. Ao me aproximar pude verificar que eram mais de uma dezena de funcionários da Câmara Municipal do Porto, pois estavam equipados com casacos reflectores que os identificavam.
Para além de ter estranhado esta acção, logo me assaltaram algumas considerações:
a) Bem sei que é função da autarquia cuidar do espaço público, o que inclui também as fachadas dos edifícios, mas nenhum dos edifícios dessa rua é, que eu saiba, propriedade do Estado ou da autarquia, portanto, a obrigação dessa manutenção/limpeza/restauro não compete aos seus legítimos proprietários?
b) Porquê nesta rua e porquê só agora?
c) Porquê só as fachadas dos edifícios do lado esquerdo (para quem desce) da rua? Será por pertencer ainda (é um dos limites) à área urbana patrimonializada?
Não sei responder a nenhuma destas questões, mas gostaria que alguém me pudesse explicar.
O mais que aparente abandono da 31 de Janeiro permanece sem explicação e sem justificação.