18 setembro 2019

orgulhoso

A minha filha entrou na Universidade e não quis participar na praxe. Não a influenciei, apenas lhe disse para estar tranquila com a decisão que tomasse de participar ou não. Ela, pelo menos nestes primeiros dias, nem sequer se aproximou e apenas tem ido às aulas. Orgulhoso da sua atitude, consciente e afirmativa, de contribuir para o fim dessa aberração acéfala nacional.

mediascape: vaca

Eu já aqui escrevi o medo que tenho do PAN. Não é de hoje, nem de ontem, esse sentimento que nutro pelo ideário radical, extremista e estúpido desse agremiado de pessoas que advogam a supremacia dos animais em detrimento dos seres humanos. Estes animalistas, por incrível que me pareça, vão fazendo o seu caminho e colhendo a simpatia e voto de cada vez mais portugueses. Basta ler com atenção o seu programa e estar atento àquilo que vão afirmando e corrigindo, para percebermos que, aí, não mora a razão, que nem eles sabem bem o que defendem e pretendem para a sociedade, só sabem de animaizinhos e veganismo. Como sou um humanista, tentando manter os equilíbrios dos ecossistemas, procurando o respeito pelas outras espécies animais e vegetais, considero que a primazia deve estar no bem estar e qualidade de vida dos seres humanos. Dito isto, é com estupefacção que leio as declarações do reitor da Universidade de Coimbra, a propósito da intenção de proibir a carne de vaca nas cantinas da sua instituição já a partir de 2020. Que raio de medida! Populismo académico, suportado por uma atitude nada democrática e, acima de tudo, radical e proibicionista. Quem diria, num espaço que se pretende democrático e de livre aprendizagem, o seu representante máximo "PROÍBE" algo. Aqui está um exemplo do tal caminho perigoso, sob influência do PAN, que se faz sentir cada vez mais na sociedade.

CAMPANHA ELEITORAL (e para memória futura):
Pelo seu bem estar e dos seus filhos e netos, no próximo dia 6 de Outubro vá votar. Vá votar em quem bem entender, não importa, mas p.f. não vote no PAN. O PAN não reconhece a nossa liberdade individual, nem acredita em democracia.

04 setembro 2019

bem-feito Boris

Boris Johnson é a personificação deste tipo de pensamento contraditório, a que ele próprio chamou “ser a favor de ter o bolo no papo e o bolo no saco em simultâneo”. É por isso muito adequado ao arco narrativo do “Brexit” que agora tenha calhado a Boris Johnson subir ao cargo de primeiro-ministro para encarar de frente com todas as mentiras e contradições do seu discurso até aqui. O resultado é vermos o defensor da soberania parlamentar britânica a suspender a Câmara dos Comuns para não sofrer escrutínio parlamentar, o eterno rebelde conservador a ameaçar expulsar os deputados do Partido Conservador que não votem como ele, o defensor do primeiro referendo a morrer de medo da possibilidade de ser convocado um segundo referendo.
(Rui Tavares, in jornal Público, 4 Setembro 2019)