28 agosto 2012

23 agosto 2012

lá estarei

Para conhecer, me divertir e falar acerca de Vinhais.

amigos rurais

Os amigos das coisas do rural em Lisboa: Paulo Seixas, Cebaldo Inawinapi, Luís Vale e Shawn Parkhurst. Falta o fotografo Xerardo Pereiro.

20 agosto 2012

privatização do futebol

O campeonato nacional de futebol teve início este fim-de-semana. De facto, o meu crescente afastamento das coisas do futebol trouxe consigo uma maior imunidade à parafernália quotidiana desse universo. Portista e tripeiro que sou, admito que até um jogo do meu clube me custa ver na totalidade. Contudo, a notícia que só agora chegou até mim de que não haverá qualquer transmissão de jogos da primeira liga em canal aberto de televisão e que quem quiser assistir aos jogos terá que assinar ou ter acesso à Sportv, deixa-me incomodado, pois para além do carácter público que alguns dos jogos, dada a sua importância ou relevância para um considerável número de portugueses, possam ter, esta privatização do campeonato de futebol faz com que a universalidade do serviço acabe e também faz com que muitos portugueses deixem de poder assistir gratuitamente a qualquer partida de futebol. Mais uma medida que obedecerá a uma agenda bem definida e calendarizada e que demonstra bem o total alheamento dos responsáveis políticos por esta área, que preferem dedicar-se à privatização da RTP, do que preocuparem-se com uma programação séria e de qualidade para o serviço público de televisão. Lamentável.

18 agosto 2012

Sul, praia, calor, água, Sol, Verão e afins

Agora que faço o caminho inverso, para Norte, mas estarei naquilo a que se poderá chamar zona intermédia, ou para utilizar o termo de Bhabha, num "terceiro espaço", ou seja, já não no Sul, mas ainda não completamente no Norte, aproveito para rabiscar algumas ideias soltas acerca dos dias passados à beira-mar.
Fui de férias para o Algarve poucas vezes. Tão poucas que posso enumerá-las: Em 1986, ainda criança com os meus pais; Em 2010, já adulto e pai de uma criança; e em 2012, igualmente adulto e pai de duas crianças. Se me perguntarem o que penso sobre o Algarve, direi que nada nele me atrai e que passaria muito bem sem lá ir. Considero mesmo que não faz qualquer sentido eu lá ir, ficar ou estar. Mas cumprindo o meu papel de pai, lá fui e lá irei as vezes que ele e elas quiserem e eu puder. É justo.
Ao contrário daquilo que acontece com maior parte das pessoas, eu tolero melhor o frio do que o calor, eu gosto mais do Inverno do que do Verão, eu vivo melhor à sombra do que ao Sol. Assim, ir para a praia num ambiente com temperaturas médias de 30º é obrigar-me a atravessar o deserto. Aliás, actualmente, eu disputo cada centímetro de sombra do guarda-sol com o meu rebento que, por enquanto, faz a sua praia quase exclusivamente à sombra. É ridículo; sou ridículo.
Muitos me dizem que é porreiro ir para a praia, apanhar Sol, andar na água, passear, nadar, jogar qualquer "coisa", fazer castelos de areia, entre outras maravilhas da teoria do lazer. Acerca de tudo isto também tenho a minha opinião, baseada essencialmente na minha experiência. Vamos por partes:
- Quanto ao apanhar Sol, já nada mais há a dizer, apenas acrescentar que a minha tiróide também não gosta e que regresso sempre da praia como uma zebra, com a pele listada de branco e vermelho;
- Andar na água é algo que não me dá prazer nenhum, nem sei como me comportar dentro dela. Onde ponho as mãos?!, devo caminhar ou ficar quieto?!, devo olhar para aqueles que me rodeiam?! Não sei. É estranho. Entro na água e fico a olhar para a alegria e animação daquela gente só por estarem com o corpo parcialmente submerso. Definitivamente não é o meu habitat;
- Passear caminhando é porreiro e faz bem à maioria das pessoas e a mim também, mas os meus joelhos não conseguem. Portanto, é sempre com esforço e dor que faço essas caminhadas pela linha de água;
- Nadar é daquelas coisas que nunca me deu qualquer gozo. Como não domino a prática, acabo por dar umas aparatosas braçadas daqui para ali e dali para acolá, sempre sem quase sair do sítio, mas não retiro disso qualquer prazer e, por isso, rapidamente desisto. Entendo a natação como um desporto para outros e uma actividade fisioterapêutica também para mim;
- Vão-me perdoar os amantes da actividade física em espaço balnear, mas é do mais deprimente ver as pessoas, com as carnes excedentárias desnudadas, aos saltos e pinotes, atrás de uma bola ou com raquetes a bater numa pequena bola, incessantemente, num "toma lá dá cá"...;
- Fazer efémeros castelos de areia é fixe, mas para crianças até aos 10 ou 12 anos. Mas ver pais que sob o pretexto de estarem a ajudar os seus filhos a fazerem castelos de areia, passam manhãs ou tardes inteiras num frenesim e com dedicação laboral, à volta de pequenos montes de areia molhada, enquanto os seus filhos apenas observam, parecem-me casos patológicos, ou pelo menos passíveis de observação especializada, pois serão casos traumáticos de maior ou menor longevidade. Ou então, as crianças são eles;
Para mim, ir para a praia é uma narrativa de sobressalto, de desespero, de falta de ar, de sede. Muitas vezes tenho essas imagens em sonhos ou pesadelos. Não é confortável para mim. Lamento.
Em 1986, depois de viajar lenta e turisticamente até ao nordeste transmontano, e num momento parecido com este, o meu pai desabafou: - Nunca mais me apanham lá. E assim foi, nunca mais o meu pai levou a família para o Algarve. Em 2012, ainda que gostasse de poder ser igualmente afirmativo, sei que terei que lá voltar, pois o resto da família adora praia, sol, calor e água de mar. Portanto, com maior ou menor sacrifício, num futuro próximo lá estarei de novo, estendido à sombra do sol.

da cruzada...

ainda os "novos povoadores"

em férias, sobre férias

15 agosto 2012

lugares tranquilos

elixir da juventude

Numa recente visita ao centro da Invicta, motivada por interesses gastronómicos, fomos merendar a uma casa típica e de renome na cidade e arredores, localizada na Rua Cimo de Vila e bem perto da Praça da Batalha. Descemos pela Rua do Cativo e mal entramos na referida rua parecebemo-nos imediatamente do ambiente de final de tarde. Incomodados por trazermos a criança connosco, fomos igualmente notados pelas comerciantes de postigo e de soleira. Porta sim, porta não, à esquerda e à direita, personagens cristalizadas e patrocinadas por um qualquer patchouli, olhavam-nos com desconfiança. Depois de termos comido um bom presunto, broa e azeitonas, saímos desse ambiente e o comentário da criança foi: - Aquelas mulheres tinham todas setenta anos, mas pareciam só ter quarenta. Deve ser da roupa e das pinturas.

10 agosto 2012

latitudes

Na véspera de rumar a Sul, reflicto sobre a importância dos pontos cardeais enquanto referências existenciais para os indivíduos. E se para muitos deles a referência, o porto de abrigo e seguro, o objectivo e o seu norte é sempre a Sul, para mim o Sul é sempre a Norte, ou seja, o meu Norte é aí mesmo, a Norte. Aquilo que procuro está sempre a Norte da minha latitude.

instante urbano XXI

Andava a adiar há alguns dias a ida ao ponto de assistência da marca do meu automóvel para comprar um pequena peça do habitáculo que o meu pequeno filho fez o favor de estragar. Coisa insignificante e sem influência directa na correcta e segura actividade da viatura. Hoje foi o dia.
Entro na garagem, praticamente vazia, e um dos recepcionistas, muito solícito, veio-me receber e inteirar-se da situação. Logo depois disse:
- Pois é, deixe-me ir ver, pois não sei...
- Não sabe?! - pergunto eu.
- Não sei se isso existe à venda. - e vai-se afastando de mim em direcção ao balcão das peças.
- Então a própria marca não vende as peças para os seus modelos?! - Dada a distância, falo-lhe já num tom de voz mais audível.
- Deixe ver, deixe ver.
Ao longe eu pude observar todo o processo de pesquisa e durante os cerca de 45 minutos que estive à espera, foram mais de dez os mecânicos, vendedores e demais funcionários que lá foram dar palpite e ajudar na pesquisa.
Por fim lá apareceu. Afinal existia. Substituída está.

êxodo urbano, novos povoadores e a reconquista do nordeste...

Li hoje no jornal Mensageiro de Bragança a notícia de que o primeiro de cinco casais que já estava instalado no concelho de Alfândega da Fé, há cerca de um ano e ao abrigo do programa de repovoamento rural Novos Povoadores, abandonou o projecto e regressou ao litoral, de onde eram originários. Na mesma notícia, a actual presidente da respectiva Câmara Municipal admitiu que apesar de ter achado interessante e ter apoiado o projecto, sempre desconfiou da sua aplicabilidade e sucesso. Este era apenas o primeiro casal que o projecto, em fase piloto, conseguiu transferir e com esta desistência, os responsáveis pelo projecto serão obrigados a encontrar um casal em condições de substituir aquele que saiu.
Alguém terá ficado surpreendido com esta notícia? Não sei, mas eu não fiquei nada surpreendido. Admiro até como foi possível esse casal aguentar cerca de um ano longe de todas as suas referências e do seu "habitat natural". Não quero com isto dizer que este movimento é contra-natura, pois até considero o projecto teoricamente interessante, mas a verdade é que não é nada fácil, hoje em dia, trocar o conforto e as acessibilidades do espaço urbano pelo desconforto e distâncias dos territórios rurais e do interior do país. A promoção dos territórios rurais é importante e parte da fundamentação deste projecto assenta nas enormes assimetrias existentes no território nacional e na importância de tentar contrariar a forte tendência para a litoralização demográfica. Isso pode, de facto, acontecer através de um êxodo urbano, mas será sempre um esforço incomensurável e provavelmente, inglório.
Apesar da simpatia que o projecto me merece, penso que para quem conhece um pouco a realidade dos territórios rurais deprimidos e suas comunidades, não deixa de ser uma ideia romântica pensar que esses novos povoadores seriam um caminho para o repovoamento e a solução para todos os problemas dessas comunidades e territórios. Não são. Aliás, um dos problemas deste projecto é mesmo essa mensagem virginal, naturalista e idílica do mundo rural que desde logo me remete para as reminiscências de um ideário pastoral - movimento literário com forte expressão na segunda metade do século XIX - que exaltava o mundo rural por oposição à vida urbana.
Produzida por citadinos, a sensibilidade pastoral é gerada por um desejo de se retirar face ao poder e complexidade crescentes da civilização. O que é atraente no pastoralismo é a felicidade representada por uma imagem da paisagem natural, um terreno intocado ou, se cultivado, rural. O movimento em direcção a esta paisagem simbólica pode também ser entendido como um movimento para longe de um mundo artificial (...). Noutras palavras, este impulso dá azo a um movimento simbólico para longe dos centros da civilização em direcção ao seu oposto, natureza, para longe da sofisticação em direcção à simplicidade, ou, para introduzir a metáfora principal do modo literário, para longe da cidade em direcção ao campo. (Marx, 1967 in Silva, 2009)
De facto, os factores de atracção do campo estão relacionados com os seus atributos reais ou imaginários, tais como a liberdade, a tranquilidade, o bucolismo, a tradição, a natureza, a autenticidade, entre outras e no discurso destes "pioneiros" podemos, igualmente, encontrar expressões, tais como "tranquilidade, qualidade, tempo, ambiente, vida mais oxigenada, elite, província...", ou ainda, "...decidiu partir à aventura! Muitas vezes atrás de um sonho", que remetem igualmente para esse universo de simbologias ou mitologias do mundo rural.
Regressando à notícia em apreço, percebi que um dos elementos (ele) tinha um emprego em que poderia perfeitamente deslocalizar-se e o outro elemento (ela) iniciou um negócio de venda de mel na internet(?). Bem, muito poderia dizer acerca desta conceptualização do que é viver de uma actividade do sector primário, mas vou-me limitar a transcrever algo que um grande amigo, especialista nestas cousas da agricultura, um dia me disse: "Num território como o transmontano, cuja dimensão padrão das parcelas agrícolas é o microfundio, o meu conselho para todos os paraquedistas (leia-se, sem experiência) que pensam investir na agricultura, é que estejam quietinhos e deixem estar o dinheiro no banco. É uma perda de tempo e de dinheiro".
Gostaria um dia de poder viver num território rural deprimido, tão deprimido que só lá estivesse eu, mas com o pragmatismo mínimo necessário sei que isso só acontecerá se eu conseguir aforrar o suficiente para a minha sobrevivência e conforto. Pois é.
(estou a ponderar enviar este texto para um dos jornais regionais)


(in Jornal Mensageiro de Bragança, 9 de Agosto de 2012)

09 agosto 2012

os que partiram e os que ficaram...

Ao reler Miguel Torga e o texto "Um Reino Maravilhoso" no livro Portugal (1ª edição de 1950) encontro na força das suas palavras realidades entretanto mitigadas:

"Dentro ou fora do seu dólmen (maneira que eu tenho de chamar aos buracos onde vive a maioria) estes homens não têm medo senão da pequenez. Medo de ficarem aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura.
Acossados pela necessidade e pelo amor da aventura, aos vinte anos (se não tiver sido antes), depois da militança, alguns emigram para as Arábias de além-mar. Brasis, Áfricas e Oceânias. Metem toda a quimera numa saca de retalhos, e lá vão eles. Mourejam como leões, fundam centros de solidariedade humana por toda a parte, deixam um rasto luminoso por onde passam, e voltam mais tarde, aos sessenta, de corrente ao peito, cachucho no dedo, e com a mesma quimera numa mala de couro. Gastam cem contos numa pedreira a fazer uma horta, constroem um casarão com duas águias no telhado, e respondem com ar manhoso a quem lhes censura um amor tão desvairado às berças:
- Infeliz pássaro que nasce em ruim ninho...
E continuam a comer talhadas de presunto cru.
Os que ficam, cavam a vida inteira. E, quando se cansam, deitam-se no caixão com a serenidade de quem chega honradamente ao fim dum longo e trabalhoso dia. E ali ficam nuns cemitérios de lívida desilusão, à espera que a lei da terra os transforme em ciprestes e granito."

pai e filho, filho e pai, a primeira vez...

E ao cabo de dezassete meses aconteceu. A novidade e, principalmente, o desafio era passar um dia inteiro cuidando do meu menino. Não sendo uma tarefa impossível de realizar era, desde logo, uma prisão das minhas horas, de cada um dos sessenta minutos dessas horas. Havia que planear o que fazer nessa segunda-feira de calor e de Agosto. Pois bem, primeiro objectivo foi mantê-lo na cama até o mais tarde possível, neste caso até bem perto do meio-dia. A manhã passada a dormir não custou. Depois foi hora do banho e de vestir, momentos que ultrapassámos com destreza e distinção, pois o banho é sempre um momento divertido e vestir só custa quando se tenta enfiar algo pelo pescoço. A hora de almoço, ao som da Xana Toc Toc e das músicas do Panda, foi lenta e javarda, pois optei por o despir e não utilizar a babete, que ele tanto detesta. Escusado será dizer que gastei papel e papel de cozinha... Feito. Estrategicamente aguardei que ele fosse invadido por um cheiro a esgoto e só então depois aprumámos as vestimentas e o penteado e saímos de casa. Sem objectivo ou destino, queríamos passar o tempo e as horas, que agora renderiam bem mais do que durante a manhã. Sentado na sua cadeirinha e devidamente equipado com o boné e óculos de sol, pareceu-me confiante e com vontade de passear por aí. Puro engano, não terão passado cinco quilómetros e já ele dormia a sesta, embalado pelo trepidar do carro e pelo som do rádio. Ok, mais uma hora e qualquer coisa estacionado à sombra de uma qualquer árvore e num lugar improvável. Acordou bem disposto e com fome. A bolacha Maria que lhe dei para o entreter foi pequena demais para o seu apetite e, sem delongas rumei a casa para lhe satisfazer a vontade de comer. Com ele choroso e no meu colo, lá preparei uma papa, que ele comeu com prazer e sem reclamar. O fim do dia aproximava-se e com ele o fim da minha missão. O tempo que nos restou foi passado a brincar no chão da sala, ou seja, ele a espalhar e eu a juntar "coisas" no chão. Não foi assim tão complicado mas, por muito que custe a admitir, aturar miúdos não é para mim. É uma prisão e mais parece um castigo. Não dá para sequer pensar em mais nada e isso esgota-me e deixa-me desesperado por serem dias vazios. O ideal e mitificado programa de pai e filho poderá (espero que venha) ainda acontecer, mas por enquanto dispenso bem estes programas. Com todo o amor e carinho.

08 agosto 2012

simplicidade...



Hoje, alguém dedilhava este acorde e soava-me muito bem. Simples mas bonito. Aqui fica a minha homenagem à luz de Agosto que tantas vezes me faz sentir perdido...

edição de Agosto do Le Monde...

Também em atraso, o registo da leitura da edição do mês de Agosto do Le Monde Diplomatique - edição portuguesa, da qual quero destacar o excelente artigo de Álvaro Soares de Melo e António Alves Vieira acerca do aparelho produtivo agrícola nacional em tempo de crise. O título do artigo é: "As pequenas e médias explorações agrícolas são imprescindíveis". Para arquivar.

da cruzada, ainda que atrasada...

05 agosto 2012

inaceitável...

Numa recente deslocação a Lisboa, motivada por um encontro académico, pude passear pela cidade, principalmente pela baixa pombalina que, nesta altura do ano, vive repleta de gente. Num dos intervalos desses encontro, realizado perto do Palácio da Ajuda, resolvemos ir visitar o Museu de Etnologia, localizado na zona do Restelo, muito perto do estádio do Belenenses. O grupo com quem estive esses dias era constituido exclusivamente por antropólogos: um Panamenho, um Galego, um Americano e dois Portugueses e pareceu-nos interessante ir revisitar esse espaço que, de uma forma ou de outra, está directamente relacionado com os primórdios da ciência antropológica em Portugal. Mal entrámos e nos dirigimos ao pequeno balcão que faz a serventia de recepção e de pequena loja de conveniências, fomos informados por uma simpática jovem que actualmente neste Museu não está patente qualquer exposição e que apenas se podem visitar as reservas (expólio) que se encontram na cave do edifício. Mas mesmo assim, só em determinados horários e dias, ou seja, quase nunca. Impressionante, um edifício daquela dimensão e com aquele propósito e está nesse estado comatoso, mantendo as portas abertas sem qualquer objectivo ou propósito. Já na rua, a conversa foi dominada pela indignação e pela incompreensão pela situação. É uma vergonha que um espaço criado em 1965 e que reune um património histórico imenso e que recua até à época dos descobrimentos portugueses, esteja a ser objecto de uma guerra de protagonismos entre aqueles que se julgam donos e senhores da academia e do saber em Portugal.