21 fevereiro 2021

memórias de Adriano


Livro que me acompanhou nalguns momentos das últimas semanas, esta biografia ficcionada de Públio Élio Adriano, imperador romano, que viveu entre o século I e II, cujo reinado durou entre o ano 117 e o dia da sua morte em 138, foi escrita por Marguerite Yourcenar (1903-1987) e acabou por se transformar num best-seller, assim como ser o catalisador para o interesse da contemporaneidade por este quase desconhecido imperador romano.
Estas memórias têm a forma de carta escrita pelo já velho imperador ao seu filho adoptivo Marco Aurélio, que lhe sucederá no trono de Roma. Através desta longa carta podemos conhecer o perfil físico e psicológico de Adriano, certas personagens que com ele conviveram e também alguns dos episódios da sua vida e reinado, que se caracterizou por uma certa pacificação do império, por uma sociedade romana mais justa, com maior respeito pelas mulheres e pelos escravos. Acima de tudo, ficamos a conhecer o gosto pela cultura, pelas artes e pela arquitectura, desta sábia figura que foi Adriano.

09 fevereiro 2021

vacinação e ideologia (6)

Hoje no jornal Público, Tiago Mota Saraiva escreve sobre a estratégia da UE no desenvolvimento e distribuição das vacinas para a Covid-19. Um processo obscuro e que falhou completamente. Partilho algumas ideias desse artigo...

Pelo que se vai sabendo, a logística montada permitiria um processo de vacinação muito mais acelerado; o problema é haver muitas incertezas sobre a chegada das vacinas num processo que está a ser gerido, ideologicamente, pela Comissão Europeia.
A estratégia da UE foi a do costume. Estabeleceu parcerias público-privado (PPP) entre a Comissão Europeia e seis multinacionais farmacêuticas, com contratos opacos e em que o Estado assume o grosso das despesas e riscos. Apesar de se tratar de milhões de euros públicos, a maior parte do seu clausulado é secreto.
O declarado objectivo da Comissão Europeia de ter 70% da população adulta vacinada até ao fim do Verão parece difícil de concretizar, pois desconfia-se que algumas das multinacionais farmacêuticas estarão a desviar grande parte da sua produção para quem oferece mais dinheiro pela vacina, designadamente, Israel, EUA e Reino Unido.
Isto, senhoras e senhores, é o capitalismo a funcionar. Dinheiros públicos a financiar e assumir todos os riscos dos laboratórios privados em vez de aumentarem os recursos das instituições públicas igualmente capazes de produzir vacinas. E, depois de haver vacina, o mercado livre e a especulação a tomar conta das operações. O paraíso do liberalismo!

08 fevereiro 2021

aulas à distância (5)

Recomeçaram hoje as aulas à distância para o meu filho e, claro, também para mim. Quase 90 minutos de aula síncrona com a Professora, mais o tempo de realizar as tarefas (tpc's) em tempo assíncrono. As horas do meu dia já eram organizadas pelos ritmos dos miúdos e das rotinas caseiras, mas agora passarei a regime de horário obrigatório, enquanto assistente do meu filho que frequenta a 4ª classe. Tudo bem, vamos a isso.