26 março 2007

Quem boca tinha a Roma ir podia...

Uma nova estirpe de condutores anda por aí. São os "Tomtoms" que antigamente chamávamos "Tótós" pela sua azelhice, permanente insegurança e visivel desorientação e agora, é vê-los a circular por aí com os seus bólides equipados com o que de mais moderno há em tecnologia. Falo dos GPSs que, inteligentemente, a industria massificou e agora comercializa, para satisfação e benefício do incauto condutor do século XXI.
Até sei que este equipamento é importante para um determinado tipo de condutor profissional, assim como para um conjunto de actividades que carecem de orientação e localização exacta - falo da topografia, da arqueologia ou das engenharias de prospecção, entre outras. Agora, quando o seu uso é, como podemos verificar em qualquer artéria das nossas cidades, para percorrer o percurso pendular que repetem durante dias a fio, durante semanas sem fim e até infindáveis anos, entre casa e o trabalho, parece-me ridiculo. Eu diria mesmo estúpido.
Esta nova espécie ainda não está catalogada, mas pode ser vista também em qualquer Auto-Estrada, IP ou IC a circular com o dito equipamento devidamente instalado e em funcionamento, não vá acontecer as placas informativas destes itinerários estarem trocadas e, desgraça das desgraças, em vez de Coimbra encontramos Faro. Desconfio que para além desta segurança suplementar, que evita o erro, o desvio ou o desencontro, o segredo do sucesso destas novas maravilhas é a sua componente sexuada, manifestada pela sensual voz feminina que, num português duvidoso, vai indicando o melhor percurso. Aliás, acho que o sonho de qualquer macho latino, neste caso, condutor português é a antropomorfização dos veículos que "possuem"... São mesmo "Tomtoms" !!!

Sem comentários: