Em plena campanha eleitoral autárquica e quando nos aproximamos rapidamente do seu fim, logo, do dia das eleições, verifico uma mudança naquilo que é o entendimento dos candidatos e candidaturas e, depois, a percepção da maioria da população, têm sobre estes tempos, espaços e momentos de eleição. Finalmente, talvez como sinal da maturação da democracia em Portugal, abandonámos toda aquela parafernália visual, sonora e poluidora que, durante décadas caracterizaram estes momentos e infernizaram a vida aos cidadãos. Para além das grandes estruturas que são os outdoors, e que estão espalhados por todos concelhos, por todo o país, meia-dúzia de cartazes pendurados aqui e acolá, pouco ou nada nos diz que estamos em campanha eleitoral. Ainda bem, penso e digo eu. Assim vivemos todos muito melhor. Se não ligássemos as TVs e Rádios, ou se não lêssemos Jornais, nem sequer sabíamos ao que vamos.
Pessoalmente, constato também que, desde 2001, por vontade própria, é o primeiro momento de eleições autárquicas em que não participo activamente, em que não sou candidato a um qualquer lugar ou cargo autárquico. É claro que senti isso, até porque ao contrário do que é a percepção generalizada, foram para mim excelentes experiências e que contribuíram para minha formação cidadã e humana.
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