13 fevereiro 2019

insegurança existência

Apareceu na minha timeline do Twitter, o seguinte texto de alguém que não conheço, nem sigo nessa rede:

Vocês também olham para outras pessoas da vossa idade e acham que parecem todos bué mais adultos e maturos que vocês?

Num impulso, respondi-lhe à dúvida existência...

Isso acontece-me desde puto. Os outros é que sabem, é que são bons e superiores. Insegurança talvez?! Não sei, mas desconfio que assim será até ao fim.

Mas fiquei a reflectir sobre o assunto e a verdade é que recordo ser miúdo e admirar a capacidade de afirmação, de personalidade, que alguns e algumas, entre pares, evidenciavam. De igual forma, em relação aos adultos, condição que entendia como longínqua e quase incansável para mim. Depois, já mais crescido, enquanto estudante e até enquanto jovem adulto, trabalhador e emancipado (ou quase), senti sempre alguma insegurança naquilo que eram as minhas convicções, as minhas opiniões e até as minhas capacidades. O sentimento permanente de alguma inferioridade acompanhou-me até hoje. Claro que, no entretanto, fui aprendendo a lidar e a gerir esses sentimentos. A própria vida se encarrega de nos contrariar e de nos presentear com momentos que vão reforçando a auto-estima e a confiança.
Contudo, ainda hoje, em plena segunda idade, reconheço em mim, e em determinados momentos, essa pueril insegurança. Por outro lado, e chegados aqui, também considero que esse facto é indissociável de uma dada humildade que, em mim e para mim, será sempre uma qualidade existêncial.

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