Com a pandemia apareceram como cogumelos, um pouco por todas as cidades, estas plataformas amovíveis e, dizem, temporárias, subtraindo lugares de estacionamento nas vias públicas, para servirem de prolongamento às esplanadas de cafés, restaurantes e afins. Eu entendo a situação extrema e desesperada em que muitos desses negócios se encontram e a necessidade mais que urgente de começarem a facturar, assim como percebo as autarquias que, regulamentando permitem essa ocupação, e assim tentam minorar prejuízos e maximizar rentabilidade do espaço em benefício dessas actividades comerciais. Contudo, face àquilo que tem sido a percepção da utilização desses novos espaços, questiono se na relação custo/benefício, leia-se vendas e facturação nesses espaços, valerá a pena o investimento realizado na estrutura.
---------"Viajar, ou mesmo viver, sem tirar notas é uma irresponsabilidade..." Franz Kafka (1911)--------- Ouvir, ler e escrever. Falar, contar e descrever. O prazer de viver. Assim partilho minha visão do mundo. [blogue escrito, propositadamente, sem abrigo e contra, declaradamente, o novo Acordo Ortográfico]
03 julho 2021
gaiolas urbanas
Com a pandemia apareceram como cogumelos, um pouco por todas as cidades, estas plataformas amovíveis e, dizem, temporárias, subtraindo lugares de estacionamento nas vias públicas, para servirem de prolongamento às esplanadas de cafés, restaurantes e afins. Eu entendo a situação extrema e desesperada em que muitos desses negócios se encontram e a necessidade mais que urgente de começarem a facturar, assim como percebo as autarquias que, regulamentando permitem essa ocupação, e assim tentam minorar prejuízos e maximizar rentabilidade do espaço em benefício dessas actividades comerciais. Contudo, face àquilo que tem sido a percepção da utilização desses novos espaços, questiono se na relação custo/benefício, leia-se vendas e facturação nesses espaços, valerá a pena o investimento realizado na estrutura.
02 julho 2021
num dia triste assim
01 julho 2021
31 de Janeiro, a rua
30 junho 2021
sintomatologia financeira
23 junho 2021
desconfinamento desconfiado
vacinação
18 junho 2021
novo de Rentes de Carvalho
17 junho 2021
eu e o futebol
trabalho de campo e gnose
24 maio 2021
19 maio 2021
11 maio 2021
20 abril 2021
regresso (12)
17 abril 2021
manteiga, pão e café (11)
13 abril 2021
a democracia II
12 abril 2021
a democracia I
desconcertante (10)
10 abril 2021
a descentralização e o poder local [parte 2]
08 abril 2021
a descentralização e o poder local [parte 1]
(continua)
censos 2021
07 abril 2021
mediascape: postigo (9)
05 abril 2021
questão poveira: um olhar distanciado
...de artesanato estigmatizado poveiro a produto gourmet originário do México...
03 abril 2021
mediascape: preocupante?! (8)
02 abril 2021
o lúcido e o bruto
23 março 2021
niilismo ecológico
22 março 2021
21 março 2021
Et après?
- Que escrever agora? Seríeis ainda capazes de escrever alguma coisa?
- Escreve-se com o desejo, e eu não paro de desejar.
( Roland Barthes, 1975 )
20 março 2021
no meu quarto: uma distopia
15 março 2021
epitafista
14 março 2021
um ano de confinamento (7)
11 março 2021
desturistificar o património: alterar paradigmas
21 fevereiro 2021
memórias de Adriano
09 fevereiro 2021
vacinação e ideologia (6)
08 fevereiro 2021
aulas à distância (5)
Recomeçaram hoje as aulas à distância para o meu filho e, claro, também para mim. Quase 90 minutos de aula síncrona com a Professora, mais o tempo de realizar as tarefas (tpc's) em tempo assíncrono. As horas do meu dia já eram organizadas pelos ritmos dos miúdos e das rotinas caseiras, mas agora passarei a regime de horário obrigatório, enquanto assistente do meu filho que frequenta a 4ª classe. Tudo bem, vamos a isso.
28 janeiro 2021
cadafalso (4)
25 janeiro 2021
24 janeiro 2021
14 anos de vida
22 janeiro 2021
declaração de voto
Joe Biden e o crápula
campanha eleitoral
escolas fechadas (3)
Finalmente o governo mandou para casa os estudantes de todos os níveis de ensino - das creches às universidades. Fê-lo por um período de apenas 15 dias, mas ninguém acreditará que os miúdos possam regressar à escola daqui a duas semanas. Em todo o caso, esta interrupção do ano lectivo não implicará a substituição das aulas presenciais por aulas online e à distância, e ainda bem, pois a experiência do ano lectivo anterior foi brutal (tempo, atenção, dedicação, desgaste) para a maioria das famílias e, apesar do esforço de todos e de um relativo sucesso nas logísticas técnicas, o rendimento escolar e as aprendizagens foram uma desgraça, o que só veio demonstrar a importância da escola e de como a sua frequência é insubstituível. Este período de interregno, seja de 15 dias ou 60 dias, poderá ser recuperado e reposto durante os meses das férias grandes. Nunca percebi a resistência em alterar o calendário escolar nos meses de Verão. Se estamos a viver um período excepcional, porque é que as crianças não poderão, excepcionalmente, ter aulas em Julho e em Agosto? Importa agora é resolver a catástrofe de saúde pública que agora vivemos, derrotar o bicho e tratar das suas vítimas, o resto há-de resolver-se.
19 janeiro 2021
primeiro estranha-se, depois entranha-se (2)
14 janeiro 2021
compras (1)
11 janeiro 2021
vésperas (0)
10 janeiro 2021
luvas
07 janeiro 2021
...e agora 2021
mediascape: distopia
As imagens que nos chegaram ontem de Washington são de tal forma irreais que não consigo encontrar melhor exemplo de uma distopia na contemporaneidade. Aquela que se afirma como a maior democracia do mundo, o país de todas as liberdades e oportunidades, afinal tem pés de barro. Como foi possível um bando de energúmenos invadirem e vandalizarem o coração da federação democrática dos EUA? As imagens que vimos não foram bonitas e são significativas do estado de grande fragilidade em que as instituições americanas se encontram, obra e graça do desqualificado presidente Trump que, em apenas quatro anos, conseguiu destruir alguns dos pilares democráticos que jamais imaginamos ser possível pôr em causa. Enfim, acredito que a democracia há-de sobreviver a este caos institucional e que os EUA regressarão a uma determinada normalidade. Donald Trump vai querer arrastar o país para um caos insuportável até ser despejado da Casa Branca, por isso, tudo o que possa vir a acontecer até lá não poderá ser surpresa para ninguém. Estamos a assistir ao estertor de um crápula ignóbil.
02 janeiro 2021
mapear pessoas
01 janeiro 2021
Carlos do Carmo
31 dezembro 2020
passagem de ano
figura do ano
ano revolucionário e inesquecível
Termina hoje 2020, o ano horribilis para a grande maioria de nós. Foi de facto um ano difícil, mas ao perspectivá-lo considero que, acima de tudo, foi um ano, física e psicologicamente, exigente. Ao mesmo tempo, e se o analisarmos com alguma isenção das nossas experiências pessoais e particulares, vamos percebê-lo como um ano revolucionário. Passo a explicar: vimos as nossas vidas, sociais, profissionais, pessoais e até íntimas, alteradas, como que num sobressalto sem aviso prévio, não por motivações políticas ou militares, mas por força da natureza humana e suas fraquezas ou debilidades. Este vírus atacou-nos precisamente no aspecto que mais caracteriza a nossa espécie, a sociabilização, e nós tivemos que nos habituar, sob o poder dessa força invisível, a abandonar ou, no mínimo, a limitar as nossas interacções, os nossos contactos físicos e de proximidade. Isto, apesar de aparentemente banal, foi significativo e ainda será cedo para percebermos o seu impacto nas nossas vidas e no futuro da nossa espécie. Esperemos para perceber que alterações paradigmáticas iremos testemunhar. 2020 será um ano inesquecível na biografia de cada um de nós (mesmo na daqueles que faleceram por causa deste vírus). Será também um ano riquíssimo para a futura produção literária, para a investigação científica - uma palavra de especial reconhecimento para a Ciência, que teve em 2020 um dos seus momentos de maior relevância e valorização - e para a análise social que se vai realizar. Durante as próximas décadas serão inúmeros os estudos, os prémios e os reconhecimentos pelo trabalho realizado durante esta pandemia. Pessoalmente, ainda que haja anos que recorde com maior ou menor intensidade, não tenho dúvida que 2020 será o ano, ou melhor (pois não sei o que me espera), será um dos anos da minha vida e que marcará indelevelmente a minha existência.
27 dezembro 2020
dia D
22 dezembro 2020
o diário
21 dezembro 2020
mediascape: barbárie
frustração revestida de mágoa
16 dezembro 2020
mediascape: predisposição
estranha forma de reagir...
elegia do livro
04 dezembro 2020
o plano de vacinação
01 dezembro 2020
o heterodoxo
Acordei com a notícia do falecimento de Eduardo Lourenço. Um dos principais pensadores da contemporaneidade em Portugal desaparece aos 97 anos, deixando uma obra brilhante e seminal para as gerações vindouras. Será, sem qualquer dúvida, uma referência do pensamento português do século XX e XXI, aquele que nunca desistiu de procurar Portugal no seu labirinto.