10 dezembro 2007

Assim estão os meus joelhos

Cada vez mais admiro e respeito a ciência médica e aqueles(as) que a executam e interpretam. É, de facto, necessária uma condição superior.
Todos aqueles, poucos, que por aqui vão passando saberão do problema mecânico que apresento e que se tem prolongado ao longo do tempo, sem que nenhum desses "especialistas" o consigam diagnosticar.
A inicial declaração ganha força com o mais recente relatório médico, resultante de uma TAC realizada aos dois joelhos e que, julgo eu, é ilegível para o comum dos mortais. Por isso, só por isso, aqui o transcrevo. O documento actualiza o estado destas duas peças mecânicas, essenciais para o bom funcionamento da "máquina".
Digam lá se não é do caraças!?... e, já agora, se percebem alguma coisa!?...
Joelho Direito:
Não se observa descontinuidade dos arcos meniscais que indiquem laceração meniscal com tradução tomodensitométrica.
Não há também sinais de roturas dos ligamentos cruzados e dos complexos ligamentares colaterais.
O tendão quadricipital não mostra alterações.
Derrame articular com distensão do recesso supra-rotuliano sem que se identifiquem corpos livres calcificados intra-articulares.
Coexiste fina lamina de liquido na bursa do gastrocnémio/semi-membranoso formando uma discreta bursite de Baker.
Remodelação osteofitária mínima no corno femoral medial por osteoartrose incipiente no compartimento femuro-tibial medial sem lesões císticas geódicas subcondrais. Nota-se uma discreta esclerose subcondral na faceta lateral da rotula admitindo-se patologia degenerativa incipiente fmuro-rotuliana, constatando-se no entanto normal o alinhamento da rotula da troclea femoral na posição do estudo.
Joelho Esquerdo:
Aspecto atenuado de ambos os meniscos não se notando no entanto lesões e continuidade evidente do tipo fractura meniscal.
Não há sinais de rotura dos ligamentos cruzados e dos complexos ligamentares colaterais. O tendão rotuliano não mostra também alterações.
Derrame articular de médio volume com distensão do recesso supra-rotuliano também sem imagens atribuíveis a corpos livres calcificados intra-articulares. Nota-se no entanto marcada distensão da bursa do gastrocnémio/semi-membranoso formando um volumoso quisto de Baker que se estende longitudinalmnte por cerca de 8 cm e medindo um diâmetro transverso máximo de 4 cm, com um diâmetro antero-posterior que não excede os 2 cm; não se definem corpos livres calcificados intra-bursais nem há alteração da gordura adjacente que indique inflamação ou rotura do quisto de Baker.
Alterações degenerativas mínimas no compartimento femuro-tibial medial com uma discreta remodelação osteofitária marginal do respectivo condilo femoral sem áreas de esclerose ou transformação cística geódica sub-condral. Tal como no joelho direito questionam-se alterações degenerativas mínimas no compartimento femuro-rotuliano com uma ligeira esclerose subcondral da vertente lateral da rotula, sem evidente báscula ou subluxação lateral mas de avaliação limitada pelo derrame articular.

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