Passada quase uma semana desde as eleições americanas e da vitória de Donald Trump, depois do choque inicial e do estado de negação, passada a ressaca, é tempo de "cair na real" e aceitar o destino que nos espera, pelo menos nos próximos quatro anos. Do muito que se tem dito e escrito acerca do futuro dos EUA e do mundo com a vitória de Trump, nada ou quase nada se aproveita e eu também não estou nada interessado em saber o que é que esses iluminados, que até ao último minuto previam, acreditavam e justificavam uma vitória da democrata Hillary Clinton, têm para me dizer.
Sintoma muito perigoso é a reacção pouco ou nada democrática de muitos que teimam em rejeitar a realidade. Manifestações de repúdio, de rejeição das próprias eleições são uma patetice e inadmissíveis para quem acredita e quer viver em estados democráticos. Podemos não gostar, podemos detestar e ter receio das políticas vencedoras, podemos até não concordar com o formato, ou com as leis que regem as eleições e que permitem que um candidato com menos votos populares do que outro ganhe e seja eleito, mas este não é o momento para se discutir essa questão. Terão todo o tempo para o fazer e sempre em relação a eleições futuras. Numa sociedade como a americana que se gaba de ser a maior democracia do mundo, não fica bem questionar ou duvidar deste resultado.
Por muito que me custe, por muito que não goste da personagem e daquilo que ela significará para o mundo enquanto inquilino da Casa Branca, ele ganhou e temos que aprender a viver com esse facto.
Estranhamos, estranhamos e estranhamos, mas depois, mesmo não entranhando, a vida segue o seu rumo.
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