Tem sido notícia a putativa tolerância de ponto para a função pública que o Governo se prepara para anunciar paro o próximo dia 12 de Maio, a propósito da visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima. Apesar de céptico relativamente ao fenómeno de Fátima e o considerar um mega-empreendimento do qual a Igreja Católica nunca conseguiu, nem nunca pretendeu, afastar-se, nada me opõe à crença e à devoção popular que aí se manifesta. Outra coisa é o Estado, que é constitucionalmente laico, e assim se deve manter, promover e incentivar os cidadãos a um qualquer culto ou fenómeno religioso. Claro que se percebem todas as motivações e intenções de António Costa ao conceder tal tolerância de ponto: populismo e eleitoralismo claros e evidentes. Nada contra a fé e a devoção de cada uma das pessoas que irão a Fátima por esses dias, mas tudo contra a tolerância de ponto para parte da população portuguesa que, como é óbvio, não irá a Fátima, mas sim usufruirá de mais um dia de férias e descanso ao sol ou à sombra. Não havia necessidade.
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