09 janeiro 2018

intangível

Nos seus Diários de Viagem, Franz Kafka, às páginas tantas escreveu:
...ofuscada de imediato com a meia-luz do quarto, quis esconder depressa a cara atrás das mãos, mas pela janela, diante de cujo caixilho a neblina que ascendia da iluminação da rua finalmente se detinha sob a escuridão. (página 69)
Agora que os estou a reler, fixo-me novamente nesta frase, e desta vez por causa de uma nota de margem que um dia lá registei. Por mais que a leia não consigo vislumbrar o cenário que ele pretende descrever. É para os meus sentidos e sensibilidade impossível atingir tal paisagem.
A nota, a lápis, que lá escrevi, diz: que puta de frase!

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