Contra um determinado feminismo que hoje impera por todo o lado, um colectivo de cem mulheres francesas assinaram um manifesto publicado no jornal Le Monde. Dessas signatárias destacam-se várias escritoras, jornalistas, pensadoras, cineastas e actrizes, sendo o rosto mais mediático o da actriz Catherine Deneuve. O documento que se afirma contra esse feminismo que "odeia os homens" e que confunde uma violação com o galanteio ainda que desajeitado ou insistente, teve impacto, não só em França, naquilo que é a opinião publica e publicada, e as reacções fundamentalistas desse tal feminismo não se fizeram esperar.
Finalmente, alguém teve a coragem para desconstruir esta irritante e estúpida tendência feminista, que se afirma tão moderna, actual e politicamente correcta (esse dogma da superficialidade), manifestando-se de forma tão radical e extremista, que acaba por incorrer nos mesmos erros daqueles que recrimina. Sim, sou defensor da igualdade de géneros (deveres e direitos), nunca me considerei machista, mas também não consigo aceitar este novo discurso de gajas ressabiadas, complexadas e descompensadas. É que ser homem e ser mulher não é a mesma coisa, e a diferença não é só biológica - genética, fisiológica, psicológica, é também cultural e social - hábitos, costumes, práticas, rituais, rotinas. Por muito folclore e ruído que esse tal feminismo faça ou venha a fazer, a diferença permanecerá, sem que isso tenha obrigatoriamente que ser um facto negativo.
Somos diferentes e ainda bem.
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