14 janeiro 2008

299 kms

Em género de tentativa (fase pré-desespero), temos olhado para todos os lados, na esperança de que alguma alma caridosa olhe para os nossos lindos olhos e nos "arrange" algo para ocupação, para que, também nós, possámos contribuir positivamente para o sucesso e desenvolvimento da nação. É assim que percorremos diariamente, entre outros, o digital Diário da República e, muito de vez em quando, lá surge algo ao qual poderemos dar resposta.
Neste caso calhou Idanha-a-Nova (para muitos algo de estranho e para lá do seu mundo), pequeno concelho raiano do distrito de Castelo Branco. Sem saber muito bem por onde ir, lá aceitámos as indicações do GPS, que nos indicou como caminho mais curto: Gaia, Ovar, Estarreja, Aveiro, Viseu, Mangualde, Celorico da Beira, Guarda, Covilhã, Fundão até Idanha-a-Nova. Como nunca lá estiveramos e tinhamos que estar lá às 9 a.m., saímos cedo de casa, por volta das 5 a.m. Muita chuva e nevoeiro acompanharam a viagem, realizada praticamente toda de noite. Pequena e simpática vila, muito bem arrumada e limpa, com pouca população, mas com vários equipamentos colectivos: piscinas, biblioteca, hoteis, Cyber Espaço, Espaço 3ª idade, vários jardins, Mercado, entre outros.
Tendo em conta a prática comum em Portugal, sabiamos que este processo não passaria de um proform e que tudo estaria já decidido. Contudo, nem que fosse por teimosia, teriamos que lá ir... é nestas circunstâncias que gostaríamos que aparecesse alguém que desse cabo do esquema montado. É dificil, mas a ideia soa muito bem aos nossos ouvidos.
Aquilo que, de certeza, ficará é o restaurante "O Portão Velho"... muito bom e económico. Se por perto passarem não hesitem, mesmo no centro da vila... basta perguntar a um qualquer indígena.
Agora regressados a casa, reflectindo, concluímos que era verdade a sensação que existia ainda antes mesmo de sair de casa, de que nada vale o esforço da deslocação... ainda que estejámos, sinceramente, pré-disponíveis para esse sacrifício maior que é o de "abandonar" o lar e passarmos a viver a centenas de kms. Porcaria de sistema...
Porque ainda não o fizemos, aqui (já nos registámos em tantos sites e lugares que supostamente resolvem este tipo de situação), aproveitamos para perguntar à comunidade se não precisam de um indivíduo... para o que for, como for e quando for... estarei lá!

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