Sentado à sombra e ao sabor de uma bem fresca brisa, proporcionada por um condicionado ar, tomo a dose de cafeína digestiva, enquanto penso sobre este nosso velho hábito do café expresso. Isto, porque constato que, nos últimos tempos, talvez meses, talvez já anos, esse hábito de prazer se transformou, acima de tudo, num hábito de necessidade. É verdade que estou, há longos anos, adicionado a esta substância excitadora dos sentidos e do cérebro, mas com o tempo fui perdendo o gosto pela bebida e muitos são os dias em que não tomo nenhuma dose, apercebendo-me da sua falta apenas quando se instala uma dor de cabeça, normalmente, ao final da tarde...
Agora, o ritual do café faz-se acompanhar com água, engarrafada ou da torneira, tanto me faz, sempre com o propósito de lavar a boca do sabor do café. Apesar disto, ir tomar café, estar a tomar café, ou ter ido tomar café, continua a ser um rito necessário para o equilíbrio de todo o organismo, principalmente, da mente e de seus humores.
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