Ao contrário daquilo que o jornal Público intitula de desconforto para os partidos à esquerda do PS com a hipótese de Mário Centeno ir para o Eurogrupo, não é desconforto que se pode sentir com essa possibilidade, mas sim indignação pela campanha orquestrada para afastar do governo português o seu ministro das finanças. Ao contrário da ideia que agora se tenta fazer passar da genialidade de Centeno, sei que este não passa de um tecnocrata (aparentemente bom) que, até ao presente, tem defendido os interesses nacionais. Não me sinto desconfortável com a sua ida para essa instituição transnacional e europeia, mas sinto-me enojado com a estratégia das lideranças da UE ao alimentarem esse cenário, que não parece ser mais do que uma tentativa de desestabilização do executivo português e das suas políticas, que teimam em remar em contra-ciclo e afrontando as orientações e políticas emanadas do directório de Bruxelas e Berlim. Independentemente dos méritos e créditos pessoais e profissionais de Mário Centeno, acredito nessa conspiração orquestrada para destruir o caminho alternativo que Portugal, por hora, trilha com relativo sucesso. O resto é spin, isto para não dizer que apenas se trata de ridículas punchlines que procuram desviar a atenção daquilo que é essencial.
1 comentário:
É pena que em Bruxelas ou outro sitio(que não Portugal) não queiram uma actriz que nos últimos tempos perdeu o pio.
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