Aqui está algo de superlativa importância, mas que não merece a devida, ou qualquer atenção de ninguém. Impressiona a quantidade e variedade de alimentação ultraprocessada disponível nos super e hiper-mercados. Se isso acontece é porque são comprados e consumidos (lei da oferta/procura), beneficiando as grandes empresas e os seus lucros corporativos, e prejudicando em muito a saúde dos indivíduos que, cada vez mais, consomem e fazem deles a sua dieta. Naquilo que é a minha experiência, há muito me apercebi desta realidade e, procurando etnografar, quando dizemos que aqui em casa fazemos puré da forma tradicional (cozer batatas, esmagá-las, juntar leite e manteiga, bater bem até ficar homogéneo,...), até se riem do trabalho e tempo desnecessários, pois há no mercado soluções bem mais fáceis e rápidas de o fazer; com o esparregado a mesma coisa, e com a maionese, e com massas (lasanhas, canelones, etc.). É bem mais fácil ir ao supermercado e comprar as refeições já confeccionadas e prontas a comer. Enfim, o princípio do menor esforço impera, acrescentando valor às grandes empresas globais e acrescentando graves e crónicos problemas de saúde e comorbidades aos consumidores. Excelente artigo, hoje no jornal Público.

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