09 outubro 2015

sempre o acordo. de acordo

Um Professor da universidade de Évora escreveu ontem, dia 8, um excelente artigo sobre o Acordo Ortográfico. Não o vou transcrever na totalidade, apenas algumas frases. Ainda bem que o debate não esmorece e há quem continue a acreditar que o referido acordo é uma cagada em três, ou mil novecentos e noventa actos. Ainda assim deixo aqui a ligação para o referido artigo de opinião.

"Uma das consequências mais espectaculares desta mudança ou simplificação ortográfica foi a de afastar o português falado de Portugal do português falado do Brasil"


"Com a ideia de unificação gráfica entre variantes da língua portuguesa, o que se conseguiu foi precisamente o contrário ao nível da oralidade"

"O acordo ortográfico de 1990, ao declarar que se deve escrever “receção”, “setor”, “deteta” e “ativo” porque essas palavras se pronunciam assim em Portugal, não somente está a levar ao delírio velhas e bafientas noções de simplificação e unificação, mas está também a construir uma gigantesca mistificação"

"O AO90 consegue concretizar duas grossíssimas asneiras ao mesmo tempo: deseduca-me como falante do português e presta um péssimo serviço à unidade transcontinental da língua"

"O AO90 dá tudo, tudo, a portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos e tantos mais, menos a única coisa que talvez nos interesse na língua portuguesa: escrever e dizer bem"

Sem comentários: