09 março 2016

de fio a pavio


No fim deste dia nove de Março de 2016, dia em que tomou posse o novo Presidente da República e, por isso mesmo, terminou o mandato do anterior, não poderia deixar de trazer aqui a minha alegria e satisfação por ver chegar ao fim o ciclo político de Anibal Cavaco Silva. (Como é significativa esta fotografia...)
Numa pequena nota introspectiva e pessoal, relembrar que quando votei pela primeira vez, há mais de vinte anos, já Cavaco Silva tinha vencido duas vezes as eleições legislativas (1985 e 1987) e tinha já uma longa carreira política. Nesse tempo eu não tinha a consciência política e, mais importante, social que actualmente possuo, mas mesmo assim, não me recordo de simpatizar com a personagem. Entretanto, deixei de ser um inconsciente mancebo e fiz-me homem, virei e revirei, fui e vim, fiz e aconteci e Cavaco Silva manteve-se presente nas nossas vidas. É, a nível político, a maior invariância da nossa, da minha existência. Enfim, chegou ao fim, depois destes últimos anos de degeneração das suas qualidades ou deteriorização da sua atitude. Com certeza conquistou o seu lugar na história recente do nosso país, resta agora só saber qual será o seu legado e que memórias conseguirá impor às gerações vindouras
Marcelo Rebelo de Sousa não foi o meu candidato, nem votei nele, mas isso não me impede de estar expectante e esperançoso que ele seja, finalmente, o Presidente de todos os portugueses e meu também. Sempre com alguma desconfiança, ou como se costuma dizer, sempre com um pé atrás, veremos se mantém a atitude descontraída, mas responsável, inclusiva e conciliadora que anunciou na campanha eleitoral e mesmo antes. Cá estaremos.

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