Sou um solitário, amante do silêncio e devorador de vazios. Esses tempos da minha vida em que consigo retirar-me, ainda que no epicentro do maior caos ou confusão, são os mais terapêuticos, os mais adoráveis e os mais apetecíveis. Nas andanças quotidianas, nos interstícios daqui para ali e dali para acolá, felizmente, consigo sempre encontrar um desses tempos vazio, que me permite, por breves ou largos minutos, estar e fazer aquilo que mais aprecio. Por norma, associo sempre esses tempos a lugares, aos quais regresso sempre que possível. São lugares onde, por diferentes razões, me sinto bem, confortável e onde me deixo ficar. Um desses lugares é este café junto à Biblioteca Municipal do Porto e de frente para o Jardim de São Lázaro, onde, não me servindo de seu nome, solitário permaneço.
(imagem roubada da internet)
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