08 maio 2019

crónicas de Barcelona - I

A viagem [15-04-2019]

A decisão estava tomada, Barcelona era uma das cidades europeias a conhecer. Sendo um destino relativamente próximo, a opção pela viagem de automóvel não sofreu contestação de nenhum dos participantes. Assim, os mil, cento e qualquer coisas quilómetros entre o Porto e Barcelona foram percorridos em duas etapas. A primeira, entre o Porto e Bragança, onde permanecemos durante dois dias. Depois e sem pressa, partimos para a segunda e grande etapa do percurso: Bragança - Barcelona e os seus novecentos e muitos quilómetros. O trajecto escolhido, apesar de em grande parte nos ser desconhecido, foi o melhor possível, pois não só as estradas eram boas, como não se gastou dinheiro em portagens e em gasóleo. Entre Bragança e Zamora fizemos a A4 até à fronteira em Quintanilha e a partir daí, a nacional espanhola nº 122 até Zamora. Entre esta cidade e Valladolid percorremos os cerca de cem quilómetros da Autovía Del Duero, na qual não se pagam portagens. A partir daqui, o trajecto era desconhecido para nós e a escolha da Nacional 122 até Sória era uma incógnita, mas os seus mais de duzentos quilómetros, ainda que com algum trânsito de pesados, fazem-se muito tranquilamente, uma vez que a estrada é plana e com imensas rectas. Entre Sória e Zaragoça continuamos na nacional 122 até encontrarmos a Autovía Del Ebro em direcção a Lleida e Zaragoça. Neste troço de auto-estrada pagámos 5,50 euros. De Zaragoça até Barcelona, fizemos a viagem sempre por auto-estrada e os cerca de 310 quilómetros de distância custaram-nos 30,50 euros de portagem. Entre Bragança e Barcelona, os tais novecentos e tal quilómetros de viagem, demoraram cerca de nove horas, custaram 36 euros de portagem e cerca de um depósito de gasóleo, sendo que o pc do automóvel ditou uma média de consumo de 4,8 litros/100 kms.
Uma vez mais pude confirmar a minha preferência pelas viagens de automóvel. Para além de todos os receios no uso dos meios alternativos, nomeadamente do avião, aquilo que mais relevo, para além do prazer da própria condução, é a liberdade de horários, de percursos e de interrupções ou paragens. Para além disto, nenhum outro meio de transporte nos permite conhecer as paisagens e os lugares por onde passamos como o automóvel permite. É sempre um prazer viajar. Será sempre deliciosa a ideia de viajem - de percorrer distâncias e poder descobrir, apreciar e consumir tudo aquilo que se esconde para lá da próxima curva.

(fotografia: a aproximação à grande cidade)

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