10 novembro 2012

VIII convenção do bloco de esquerda

A caminho de Lisboa, aproveito para pensar naquilo que poderá acontecer nestes dois dias em que vamos estar reunidos em Convenção. É um momento dificil para a sociedade em geral e para o partido em particular. Experimentamos, pela primeira vez, uma mudança de liderança, ainda por cima num processo de substituição de um dos lideres e fundadores do partido que marcaram a sua evolução, depois e também porque os últimos resultados eleitorais foram efectivamente derrotas para o BE.
Vou participar nesta convenção enquanto delegado eleito pela moção A, da qual sou subscritor e defensor. Faço parte da lista da moção A candidata à Mesa Nacional, orgão para o qual tenho feito parte desde 2009, mas desta vez não serei eleito, pois para além de previsiveis surpresas a moção B elegeu uma percentagem considerável de delegados, o que na votação inviabiliza a minha eleição. Mas isso não será relevante, até porque tendo aceite integrar a lista, demonstrei disponibilidade para ocupar o lugar, mas a não eleição libertar-me-á de várias responsabilidades. 
Em relação à Convenção não tenho grandes expectativas, pois é mais do que conhecida e pública a composição da próxima liderança. Apoio esta solução, não por ser paritária ou por ser "bicefala", mas por ser protagonizada por dois elementos descomprometidos com as correntes fundadoras do movimento. Aliás, sem qualquer tipo de sectarismo, sabendo que o BE é já muito maior do que a soma dos seus partidos e movimentos fundadores, não compreendo nem aceito a cativação do partido por parte dessas, agora, correntes. Está na hora de alterar essa relação de forças. Para bem do colectivo. Veremos.

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