Nunca tive a pretensão de ser escritor. Também não sei se essa condição pode ser uma escolha, se podemos acordar um dia e, só porque sim, sermos escritores. Gosto muito de escrever, mas não me sinto capaz de criar uma narrativa imaginada. Sempre gostei de ambientes experimentados, de personagens reais e de tentar recrear esse mundo um dia experimentado por alguém. Daí a relevância dada ao testemunho, a valorização do relato e a escolha pelas etnografias que continuo a praticar.
Apesar disso, talvez um dia me sinta inspirado e capaz de me aventurar a escrevinhar um conto, construir uma história ou um romance. A ideia até já existe há algum tempo, os personagens já estão nomeados e as suas existências e destinos também. A não ser que, entretanto, surja uma outra ideia e uma outra história, essa ficção terá por título "acordar a falar de amor" e mais não digo.
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