Não consigo ler algo que não goste. Esta é uma declaração de feitio. Como algo que posso afirmar sem hesitar, quando de literatura em prosa ou poesia se trata. O mesmo não posso dizer em relação à não-ficção, pois aí já li milhares de páginas onde não encontrei o mínimo prazer. Mas li, estudei e terei aprendido sempre algo.
Quando nos damos ao trabalho de procurar a opinião de terceiros, ditos especialistas em literatura, podemos descobrir diferentes e variadas opiniões acerca de livros e de autores. Acontece, porém, que por vezes essas opiniões coincidem no elogio a determinada obra ou autor e eu, enquanto leitor (leigo), sou sensível a esse encontro de opiniões e vou à descoberta desses novos territórios da ficção. Às vezes sou feliz, outras vezes nem por isso, outras vezes ainda não percebo o encanto ou o deslumbre colectivo ou consensual em torno de um autor ou obra.
Apurria-me o desperdício de tempo e de espaço que a leitura de alguns livros, considerados clássicos, me obrigam. Estou como o outro (Pacheco Pereira) que disse, hiperbolizando, que não valeria a pena perder tempo com leituras novas ou de modas. Temos que nos concentrar no essencial e eu considero que, sendo um leitor de todas as horas e dias, por prazer ou afazer, cheguei a uma idade em que posso e devo ser mais criterioso com as leituras que escolho e me ocuparão as horas da minha vida. E há tanta boa literatura para desfrutar. Venha a mim.
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