29 setembro 2015

esquiço

Perspectivando-a (a Sul) podemos adivinhar a longa extensão de areal deserto que se esconde para lá das dunas e que se estende por toda a costa. Neste pequeno segmento de praia, despida da mobília de Verão e silenciosa do boliço humano, só a espaços, uma ou outra pessoa, um ou outro atleta, surgem no horizonte e rapidamente se aproximam e desaparecem por trás de uma proeminente duna. A maré baixa vai permitindo que alguns pescadores amadores entrem no mar e se arrisquem no labirinto das rochas emersas. A neblina marítima teima em cobrir todo o céu, impedindo o Sol de se manifestar em todo o seu poder neste últimos dias de Setembro. No areal, até há bem pouco tempo a fervilhar de vida, convivem ou descansam bandos de gaivotas.
A sensação ao olhar absorto esta paisagem é de tranquilidade e de abandono, bem preferível à poluição estival, o que me permite animar a alma e os sentidos. À medida que nos afastamos do calor e nos aproximamos do frio e das tempestades, maior é o apelo para aqui vir e ficar.

(tentei fazer um esquiço para aqui colocar, mas, como seria de esperar, não consegui...)

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