11 novembro 2015

o dia depois, a esperança (2)

Eu hoje acordei num país novo, num país diferente!
Não, não estou a delirar, nem estou em negação, nem estou a prognosticar. É verdade, pela simples razão de saber que Passos Coelho e o seu governo PaF foram demitidos pela democracia, na sua sagrada casa e não legislarão mais, sinto-me um rapaz novo, optimista e esperançoso. E tenho os dois pés bem pousados no chão, estou bem consciente das dificuldades destes novos dias e seus desafios. Mas não importa. A possibilidade de saber que, agora sim, pode ser diferente, liberta-me de todas as frustrações e derrotas que trazia comigo destes últimos anos. Não conheço os dias de amanhã, mas tenho esperança. Tenho esperança pela justiça, pela educação, pela saúde e pela qualidade de vida que é devida a todos. Esperança que homens e mulheres tomem decisões não a pensar em mercados, em credores ou em números, mas a pensar em pessoas reais e seus problemas.
Recolocar os cidadãos, os homens e as mulheres, no centro da estrutura a que chamamos país, estado ou nação; recolocar os cidadãos, os novos e os velhos, no centro das preocupações e decisões programáticas e políticas; recolocar os cidadãos, os activos e os passivos, no centro das opções possíveis, transformando as demais em não-opções. O Homem no lugar do dinheiro, o cidadão no lugar do burocrata, o político no lugar do economista, o humanista no lugar do financeiro. E assim teremos um país diferente. Assim a esperança permanecerá. Penso eu de que...

Sem comentários: