Morreu Mário Soares.
Morreu a figura principal da democracia portuguesa, o principal responsável pelo país que hoje somos, o ideólogo do percurso que a sociedade portuguesa seguiu, pelo menos, nos últimos quarenta anos. Independentemente de concordarmos ou não com aquilo que fez e aquilo que disse, ao longo da sua extensa vida pública e política, não restarão dúvidas da sua centralidade nos momentos de decisão e nos meandros do poder. Morreu a figura maior do nosso país, livre e democrático, e acaba de nascer um vulto da nossa história que figurará por muitas gerações na nossa memória colectiva.
Mário Soares nunca mereceu a minha simpatia, nunca me senti confortável com o seu discurso, nunca fui um soarista, nem sequer algum dia votei nele, mas isso não me impede o reconhecimento, a referência e o respeito pela sua vida, pela sua intervenção cívica e política. A primeira recordação que tenho dele é a campanha de 1985 e do seu slogan: Soares é fixe.
Morreu o badochas e, apesar de expectável, este é um dia triste.
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